setembro 07, 2006

Dá-lhe, Belô!

Belo Horizonte














Nota: Mineiro é um povo muito arretado, como dizem os baianos, e não tem nada de leso, como dizem os amazonenses. CAPS pra eles é CERSAM, Residências Terapêuticas são Moradias Protegidas, e Centro de Convivência... é Centro de Convivência mesmo. Quietinho - pra variar -, pois num é que os sete Cersam passaram a funcionar desde o dia 4 de setembro em regime de vinte e quatro horas. É por essa e por outras que os empresários do setor estão bufando de raiva; desse jeito vai acabar a mamata dos leitos privados existentes no país, essa herança que herdamos do regime militar. Belo Horizonte tá dando um exemplo; para os empresários um mau exemplo a deixar de ser seguido. Vôte, maninho!

Manaus, capital do estado do Amazonas, só tem um Caps tipo III, que funciona 24 horas. Se tivéssemos pelo menos mais três, já melhorava, e muito, a qualidade da atenção em saúde mental. Por enquanto, apenas o povo da zona norte da cidade bem servido.

Só pra colocar um pouco mais de pimenta no período eleitoral vigente: é bom lembrar que um dos candidatos ao governo do estado já passou pelo executivo, e além de ter deixado grande parte da cidade sem água, depois de privatizar os serviços de abastecimento, deixou a cidade, igualmente, sem Caps (aliás, desde quando foi prefeito). A gente pode não ter água, mas a enxurrada de votos que ele vai deixar de receber só depende de nós, maninho!

Leia matéria publicada em jornal de Belo Horizonte: a grande mídia continua cega.


Saúde Mental, Serviços substitutivos

URGÊNCIA - Cersams passam a funcionar 24 horas

Diário da Tarde (MG) - Cidade

02 de setembro de 2006

Os casos de urgência psiquiátrica de Belo Horizonte terão atendimento diferenciado a partir de segunda-feira. Os sete Centros de Referência em Saúde Mental (Cersam) da cidade passarão a funcionar durante 24 horas. Além disso, uma equipe médica ficará de plantão na Santa Casa para atender, em parceria com o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), os pacientes mais graves. A implantação desses dois projetos tem como objetivo principal aumentar o número de leitos noturnos de BH e a qualidade dos serviços prestados pelo Cersam.

Com o funcionamento dos centros em tempo integral, os leitos de retaguarda durante o período da noite passam de 12 para 42 na capital, sendo que seis estarão instalados na Santa Casa. Até o momento, apenas dois Cersams, os da região Leste e Pampulha, contavam com o atendimento 24 horas para atender cerca de 30 portadores de sofrimento mental. Esse número corresponde a 5% do total de pacientes recebidos diariamente pelos centros de referência.

Para o acolhimento noturno dos casos de crise ou dos que necessitam de tratamento intensivo, cada uma das sete unidades contará com uma equipe formada por três técnicos de enfermagem. A hospitalidade noturna é apenas para pacientes já atendidos pelos centros de referência. Atualmente, os que precisam desse atendimento diferenciado são transportados para um dos dois Cersams que têm plantão. Essa baldeação é complicada, porque essas pessoas podem estar fragilizadas por estarem vivendo uma ruptura de laços sociais e familiares , explica o coordenador de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Políbio de Campos.

O serviço de urgência psiquiátrica nas dependências da Santa Casa de Misericórdia atenderá exclusivamente à demanda dirigida pelo Samu e ainda servirá de apoio para os sete Cersams da capital. Uma equipe formada por um médico psiquiatra, uma enfermeira e três auxiliares de enfermagem ficarão de plantão das 19h às 7h no hospital e uma ambulância do Samu vai garantir o deslocamento de especialistas e pacientes.

Aprovado

Desde que passou a receber casos psiquiátricos, em 2003, o Samu realiza uma média de 12 atendimentos desse tipo por dia em BH. Antes da parceria com o Samu, os portadores de sofrimento mental em crise eram atendidos por médicos clínicos gerais ou, quando as crises ocorriam na rua, até pela polícia. O acolhimento por profissionais capacitados melhora a qualidade do serviço e pode nos ajudar a superar um desafio, o da exclusão social dos pacientes , acrescenta Políbio.

A implantação desses dois projetos foi aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde na reunião de 20 de julho. A rede de assistência de saúde mental da PBH conta hoje com sete Cersams, nove Centros de Convivência, 65 equipes lotadas nos Centros de Saúde e sete Moradias Protegidas. Posted by Picasa

Um comentário:

Anônimo disse...

Veja textos interessantes no blog http://saudementaldasgerais.blogspot.com