janeiro 14, 2007

Sergipe: o primeiro estado brasileiro sem hospital psiquiátrico

Foto: Rogelio Casado - Encontro Nacional de Saúde Mental - BH/MG - jul. 2006












Ana Raquel Santiago ao centro, entre Pedro Gabriel Delgado e Miriam Abou-Yd.

NOTA: Duas boas notícias chegam de Sergipe. Por decisão política do governo estadual, Sergipe é o primeiro estado brasileiro a viver, doravante, sem hospital psiquiátrico. Melhor do que isso é o desafio feito a Ana Raquel Santiago, que acaba de ser convidada para assumir a gestão de saúde mental do estado, depois do importante trabalho que realizou à frente do município de Aracaju. Boa sorte, companheira!

Saúde
Domingo, 14 de janeiro de 2007, 11h58

SE acaba com a internação de pacientes mentais

Cícero Mendes

Direto de Aracaju

Com o fechamento do Centro Psiquiátrico Garcia Moreno, que funcionava há 27 anos, Sergipe se tornou o primeiro Estado a acabar com a internação de pacientes com problemas mentais no país. O fim das atividades do hospital atende ao cumprimento da Política Nacional de Saúde Mental, que rege a saúde mental e estabelece o fim do internamento manicomial no Brasil.

Em todo o País, 27 hospitais foram fechados em 11 Estados, sendo que Sergipe foi o único que desativou o seu centro psiquiátrico por iniciativa própria, e não por ter sido obrigado pelo Ministério da Saúde.

Dos 89 internos que existiam nos últimos quatro anos no centro psiquiátrico, dez retornaram para o convívio com a família e os demais estão vivendo em residências terapêuticas (casas comuns na comunidade) implantadas nos municípios de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Nossa Senhora da Glória, Itabaiana e Lagarto.

"É um momento de tanta felicidade para quem faz saúde mental. A tarefa não era fácil, mas também não era impossível. O trabalho de fortalecer a política de saúde mental foi um desafio desde o início do atual governo e nós conseguimos", comemora a gerente de Saúde Mental da SES, Márcia Mendes.

Com esse resultado, Sergipe passou a ocupar o primeiro no ranking nacional em número de serviços de saúde mental proporcional à população. "Essa gestão está deixando, em parceria com os municípios e o Ministério da Saúde, 18 residências terapêuticas, 25 centros de atenção psicossocial (CAPS) em funcionamento, rede básica com apoio do Programa Saúde da Família (PSF) nos 75 municípios, 12 ambulatórios especializados e uma emergência psiquiátrica", contabiliza a secretária adjunta da Saúde, Maria José Evangelista.

A partir de agora, a pessoa com transtorno mental será atendida, em caso de crise, na emergência psiquiátrica. Caso necessite de internação temporária, foram reservados alguns leitos psiquiátricos na rede. Após a melhora do quadro, o paciente retorna para a sua casa.

Redação Terra
(http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1345678-EI715,00.htmlPosted by Picasa

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