setembro 23, 2007

Fórum Sul-Americano de Saúde Mental

Dulce Edie Pedro dos Santos, Geraldo Peixoto y compañeras de lucha

Ôrra meu, esse
Geraldo é do perú!
(Perú = gíria fartamente usada em São Paulo, quando ali vivi dois anos durante residência médica em psiquiatria social na cidade de Diadema, entre 1978-1979).
BREVE RELATO SOBRE FÓRUM SULAMERICANO DE SAÚDE MENTAL

Companheiros,

Participei, juntamente com representantes do Brasil: Pedro Gabriel Godinho Delgado, Sandra Fagundes, Flávio Resmini, Williams Valentini, Carlos Felipe de Almeida, de um encontro de Saúde Mental dos países da América do Sul, organizado pela OPAS/OMS, de 3 a 5 de setembro, em Luján-província de Buenos Aires, encontro este, de grande importância, contando, em sua abertura, com a presença do Ministro da Saúde da Argentina, da imprensa nacional e de representantes de dez países: Argentina (que sediou o encontro), Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

Representei os movimentos sociais brasileiros de saúde mental, na condição de familiar. Encontravam-se presentes, ainda, familiares de vários dos países citados, com os quais trocamos idéias e informações. Falei, então que, sempre estivemos mais voltados para a Europa e para a América do Norte e, de costas para "nuestros hermanos". Parece que a hora é chegada de mudarmos essa posição.

Em linhas gerais, os assuntos discutidos, foram os seguintes:

1. situação de proteção e de direitos humanos;
2. avaliação da situação das redes de saúde mental;
3. ações de reestruturação em saúde mental;
4. avaliação da presença do componente de saúde mental, na atenção primária;
5. atenção na comunidade, para crianças e adolescentes;
6. abordagem para o abuso de álcool;
7. oferta de serviços;
8. disponibilidade de medicação básica, na rede pública;
9. recursos humanos disponíveis;
10. associação de familiares, usuários e voluntários: promoção e prevenção em saúde mental-dados e comentários;
11. avanços conseguidos no campo da saúde mental nos países, experiências positivas e lições aprendidas;
12. limitações e dificuldades;
13. perspectiva de trabalho para os próximos anos e identificação das necessidades de colaboração, através da OPS.

Informo que houve espaço para que todas as ONG's presentes se apresentassem, com dez minutos de fala. Falei da importância dos movimentos sociais em saúde mental e apresentei proposta para a criação de uma rede sulamericana de familiares e usuários, a qual foi aceita, aprovada pela assembléia e, o Chile, colocou-se à disposição, para sediar um primeiro encontro.

Luján, uma cidade há sessenta quilômetros da capital, Buenos Aires, com cerca de 120 mil habitantes, tem como referência, além de sua grandiosa e belíssima basílica em estilo gótico, o maior hospital psiquiátrico argentino (com 1.800 leitos). Daí a razão desse encontro ter-se realizado lá. Fomos convidados a conhecê-lo e, como sempre acontece, a história se repete. Companheiros, 1.800 leitos... Falar o que?

Quero dizer que, estas, são as minhas breves informações sobre esse encontro, do qual, tive a honra de participar. Os outros companheiros do Brasil que lá estiveram, poderão passar melhores informações com maior precisão, inclusive, de cunho técnico e político.

Abraços

Geraldo

Nenhum comentário: