outubro 02, 2007

Moradores do Santa Etelvina e do Monte das Oliveiras ocupam tribuna da Câmara Municipal para reivindicar por água

Foto: Rogelio Casado - Campanha eleitoral de 2006, Manaus-AM

Vereador José Ricardo Wendling discursa no Sindicato dos Metalúrgicos
ESTADO DO AMAZONAS
CÂMARA MUNICIPAL DE MANAUS
GABINETE DO VEREADOR JOSÉ RICARDO

Manaus, 01 de outubro de 2007

Moradores do Santa Etelvina e do Monte das Oliveiras ocupam tribuna da Câmara Municipal para reivindicar por água

Líderes comunitários dos bairros Santa Etelvina e Monte das Oliveiras, Zona Norte, estiveram ontem pela manhã (1/10), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), para reivindicar que os serviços de distribuição de água possam chegar à localidade, já que dizem esperar há 25 anos por essa promessa. No último domingo (30/9), os moradores fizeram uma mobilização na área para repudiar a falta d’água. O vereador José Ricardo Wendling (PT) participou da mobilização e intermediou a vinda dos comunitários ao parlamento municipal.

De acordo com o representante dos comunitários, Gerônimo Coutinho, 24, a comunidade está movida pela indignação porque vem esperando durante mais de duas décadas para ter água nas torneiras. “Promessas vão e vem, principalmente em períodos eleitorais, mas até hoje não temos água. E também pedidos para que se regularizem os serviços de saneamento básico, já que crianças e idosos acabam sendo as principais vítimas de doenças”, declarou ele, informando que toda a população busca água em locais distantes e onde existe água contaminada. “Queremos um direito que é nosso”.

O líder comunitário afirmou que os moradores são contra a privatização dos serviços de água na cidade de Manaus. “Água é um direito humano e não uma mercadoria. Não é possível que o poder público não possa executar esse serviço na nossa cidade”, disse. Logo em seguida, o vereador Elias Emanuel informou que no Plano de Repactuação da Águas do Amazonas está contemplado a área do Santa Etelvina e do Monte das Oliveiras.

Para José Ricardo, os moradores desses dois bairros são vítimas do sistema de privatização, iniciado no ano 2000, quando o poder público vendeu a antiga Cosama e a empresa Águas do Amazonas ganhou a concessão dos serviços de água e de saneamento básico na cidade de Manaus por 30 anos, renováveis por mais 15 anos. “A meta era levar água à casa de todas as pessoas. Se passaram mais de cinco anos e essa meta não foi cumprida”, afirmou ele, lembrando ainda que apesar de tudo isso, ainda foi feito a repactuação mantendo o mesmo contrato.

Em 2006, o vereador enfatizou que a Águas do Amazonas pleiteou aumento da tarifa de água em 24,09%, sendo concedido o pedido em janeiro de 2007. Inclusive, ele ingressou no início do ano, juntamente com o deputado federal Francisco Praciano (PT), com uma representação no Ministério Público Estadual (MPE) para que fosse barrado o aumento concedido pela Prefeitura de Manaus à empresa concessionária. “Atualmente, a Prefeitura de Manaus recebeu R$ 60 milhões do Governo Federal e o Governo Estadual recebeu mais R$ 200 milhões para investimentos na região. Mas esperamos que agora o poder público possa iniciar as obras para a nova captadora de água”, declarou ele, ressaltando que a empresa concessionária – com o aumento concedido - teve um acréscimo de renda na ordem de R$ 35 milhões, mas há de investir R$ 100 milhões para melhorar os serviços de distribuição de água na capital amazonense.

José Ricardo questionou sobre quando chegará água nas Zonas Norte e Leste – locais contemplados para investimentos dos serviços de água, por meio do Plano de Repactuação – 18 meses. “Água é um direito humano de todos os cidadãos. O mundo todo está de olho na Amazônia, que inclui aí a água. E o poder público, quando irá priorizar esse serviço tão importante na cidade de Manaus?”, indagou.

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
CRISTIANE SILVEIRA
3303-2842/2843/8816-1862

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