junho 24, 2008

FHC, o ressentimento de Narciso

FHC, o ressentimento de Narciso

O que move FHC ao afirmar que, se as eleições presidenciais fossem hoje, a bandeira do PSDB seria "nós fizemos melhor e com menos corrupção"? O ressentimento, ponto de chegada da inveja, é compreensível, mas, quando usado como arma política, revela apenas um Narciso ferido, sem qualquer noção de limite.

Gilson Caroni Filho

Não há nenhuma evidência de que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tenha sido tomado por um súbito surto de amnésia. Muito menos que um acesso de idiotia o tenha feito acreditar nas "benesses" do neoliberalismo que gerenciou em seus dois mandatos.

Assim, como explicar as afirmações contidas na entrevista concedida ao jornal Valor Econômico ( 20/6)? Menos que um cálculo político, a adesão plena à razão cínica pode ser a chave explicativa para entender o que move FHC ao declarar que, se as eleições presidenciais fossem hoje, a bandeira do PSDB seria "nós fizemos melhor e com menos corrupção".

Ou, haverá um pingo de ingenuidade, quando diz que o PT assumiu, em linhas gerais, a visão tucana só que "com um viés mais dirigista, estatizante", mas a linha política continua sendo a desenhada pelo consórcio que gerenciou por oito anos? Sua decantada argúcia analítica cedeu lugar a uma estratégia narrativa que persegue a zombaria? Ou vislumbramos desespero na ante-sala do ostracismo político?

Será preciso recordar que de 1994 a 2002, seu governo consagrou o clássico movimento de elites que oscilam entre interesses subnacionais, de natureza oligárquica, e as demandas de um setor supranacional, representado essencialmente pelo capital financeiro? É necessário relembrar que as reformas constitucionais desfiguraram a Constituição de 1988 antes mesmo que seus dispositivos entrassem em vigor por falta de regulamentação? Que entre ser estadista e gerente da banca, optou, sem pestanejar, pela segunda condição?

Talvez seja o caso de reafirmar a conclusão de 300 delegados de diversos movimentos sociais, reunidos em Itaici (SP), em dezembro de 1997; “feito sem consulta ao povo brasileiro, baseado em negociações mais que suspeitas, apoiado pelo controle monopolista dos meios de comunicação de massa, esse processo (o das reformas) se assemelha a um golpe de Estado prolongado no tempo, que reverte as limitadas conquistas obtidas em um maior momento de participação democrática, durante os trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte".

E, como destacou à época, a professora Maria da Conceição Tavares, o retrocesso político foi de tal monta que, se antes da chegada de FHC ao governo, sempre havia um partido das classes dominantes na oposição por questões regionais, a engenharia institucional do tucanato conseguiu colocar todos, sem exceção, no aparato estatal. Uma obra que beirou um bonapartismo de bufonaria terá sido o que o “PSDB fez melhor e com menos corrupção"?

Multiplicando favores, incentivos e concessões ao capital estrangeiro, o desequilíbrio em conta-corrente saltou de 0,3% do PIB em 1994 para 4,2% em 1997. E estávamos apenas no início do festim diabólico. O destino desse modelo, revertido pelo governo Lula, nos conduziu a uma grave crise econômica. Será muito pedir a um ex-presidente que nos poupe de representações grotescas? Por que não sustentar seu horror ao desenvolvimentismo e reafirmar a confiança ilimitada no mercado como mecanismo de alocação de recursos.

É falaciosa sua afirmação de que as diferenças entre PT e PSDB “são mais da ordem da política do que da economia". Mais que isso. É reiteração da pedra de toque da hegemonia neoliberal que advoga, como se fosse possível, uma despolitização da economia. O resgate do Estado como indutor do desenvolvimento econômico, certamente, irrita o “príncipe” uspiano. Afinal, em seu governo, o Estado foi fatiado por arrivistas, empresários privados e seus representantes. Nunca, na história brasileira, lógica de governo e de negócios se confundiram com tanta intensidade.

O problema de Fernando Henrique é o inconformismo com o sucesso do presidente que lhe sucedeu. Por ironia do destino, aquele que era para ser o governo marcado pela brevidade, consolidou as promessas da ética republicana e logrou avanços incontestes no campo dos direitos da cidadania. A incorporação de massas que, por longa data, lutaram por demandas datadas dos séculos XVIII, XIX e XX, promove o encontro do país com ele mesmo nesse milênio.

O que se pede ao notório teórico da Nova Dependência é que não despreze a inteligência dos leitores de classe média. O ressentimento, ponto de chegada da inveja, é compreensível, mas, quando usado como arma política, revela apenas um Narciso ferido, sem qualquer noção de limite. Um passo à beira do ridículo.

Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Observatório da Imprensa.

Fonte: Agência Carta Maior

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Nota do blog: Agora leia outros dados sobre economia e responsabilidade social que fere a vaidade de FHC.

Mais Brasil para Mais Brasileiros

O ano de 2007 ficará marcado por consolidar uma transformação sem precedentes na história do País. A economia brasileira cresceu de maneira sustentada e houve maior inclusão social, pois a riqueza produzida passou a ser mais bem distribuída. E os brasileiros passaram a acreditar no futuro e no Brasil.

Um milhão de famílias adquiriu a casa própria, foram vendidos 2,5 milhões de carros, 100 milhões de celulares, 10 milhões de computadores e 32 milhões de pessoas passaram a ter acesso à internet. Tudo isso durante 2007.

O brasileiro passou a ter casa, carro, celular e computador porque conseguiu a satisfação de necessidades básicas, como alimentação adequada, acesso à saúde e à educação. Mais Brasil para mais brasileiros.

Os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registram que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 5,4% e que as famílias gastaram mais 6,5% em relação ao ano passado. O mercado interno movimentou a cifra de R$ 1,56 trilhão.

As ações sociais do Governo Federal possibilitaram que 9,7 milhões de brasileiros deixassem a pobreza absoluta. O Programa Bolsa Família investiu R$ 9,2 bilhões em 2007 e mudou a vida de 46 milhões de brasileiros. Além disso, a queda do desemprego, o aumento da renda familiar e a boa oferta de crédito ao consumidor permitiu que um número crescente de brasileiros melhorassem sua situação social: cerca de 23,5 milhões de pessoas migraram para um padrão de classe média, com renda mensal entre R$ 1.062 e R$ 2.017,00. Esse deslocamento fez a classe média superar 86 milhões de pessoas, reduzindo as desigualdades sociais históricas do Brasil.

Para garantir o crescimento econômico sustentado, o Governo Federal colocou em ação, em 2007, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em conjunto com estados, municípios e a iniciativa privada, o PAC destinará, até 2010, R$ 503,9 bilhões para a execução de ações e obras envolvendo infra-estrutura e investimentos, que já refletem na melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. Ao mesmo tempo, a educação foi colocada no alto das prioridades do Governo Federal, através do Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE), com investimentos de R$ 15 bilhões até 2011, para melhorar a qualidade do ensino público em todo o País.

Nas páginas seguintes, é possível conhecer os resultados do trabalho do Governo Federal nas áreas de educação, saúde, segurança pública, meio ambiente, tecnologia, infra-estrutura e diversos outros setores. Ações que corrigem injustiças históricas melhoram a vida dos cidadãos e fazem o Brasil ser respeitado no cenário internacional.


Leia mais... clicando aqui" (Boletim do Mandato Popular Mauro Rubem)
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