julho 20, 2008

Legalização do aborto em Portugal - um ano depois

Mulheres de Olho

Legalização do aborto em Portugal - um ano depois

19 Jul 2008 09:05

Os jornais portugueses divulgaram essa semana balanço das interrupções voluntárias de gravidez realizadas no primeiro ano de legalização do aborto no país. Ao todo, foram 14 mil abortos legais. Alguns dados que chamam a atenção:

7895: É o número total de interrupções voluntárias da gravidez feitas entre Janeiro e 30 de Junho deste ano

6287: Abortos realizados nos primeiros seis meses da nova lei, entre 15 de Julho e 31 de Dezembro de 2007

6299: É o total de gestações interrompidas por mulheres entre os 25 e os 34 anos - a faixa com o maior número de casos - no primeiro ano de vigência da Lei do Aborto

72: Foi o número de adolescentes com menos de 15 anos que, neste primeiro ano de despenalização, fizeram aborto; o número aumenta para um total de 1553 interrupções da gravidez em jovens na faixa etária entre os 16 e os 19 anos

Não há registro de morte de mulheres.

Angela Freitas/Instituto Patrícia Galvão

A visita do Papa ao Brasil: contexto e efeitos

19 Jul 2008 08:18

Está disponível para download, em português, inglês e espanhol, o documento A visita do Papa ao Brasil: contexto e efeitos, que reúne um conjunto de textos publicados pelo Observatório de Sexualidade e Política (SPW) durante a passagem do papa Bento XVI pelo Brasil, em maio de 2007.

Escritos pelo jornalista Washington Castilhos, o material traz ainda um texto recente e inédito analisando fatos marcantes da estratégia da Igreja Católica a partir deste marco, incluindo ações mais recentes como a campanha contra as quase nove mil mulheres alvo de investigação em Campo Grande, a ação dos setores religiosos na proibição da pílula do dia seguinte em Judiaí e a Campanha da Fraternidade de 2008, durante a qual 240 igrejas católicas do Rio de Janeiro exibiram fetos de plástico e vídeos com cenas de abortos em missas dominicais.

“Desde a metade dos anos 1990, o Brasil constitui um alvo principal das estratégias do Vaticano, quer seja porque a Igreja Católica está disputando o mercado religioso com evangélicas/os, quer seja porque se trata de neutralizar posicionamentos progressistas do Brasil em fóruns internacionais”.

O documento certamente ajuda a entender melhor como se dão as estratégias do Vaticano e suas articulações internacionais. Por isto recomendamos sua leitura.

Angela Freitas/Instituto Patrícia Galvão
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