setembro 28, 2008

Fundador do PT no Amazonas, o médico Marcus Barros diz porque aderiu à campanha de Serafim Corrêa (PSB)

Foto: Rogelio Casado - Marcus Barros - Manaus-AM, mar. 2008

Marcus Barros
Fundador do PT no Amazonas, o médico Marcus Barros diz porque aderiu à campanha de Serafim Corrêa (PSB).

"Eu já sofri muito por causa do coletivo"
- Com esta manchete o jornal "A Crítica" publica a entrevista do meu amigo e compadre Marcus Luiz Barroso Barros, fundador, como 'nosotros', do glorioso Partido dos Trabalhadores. Para ler e compreender os comentários desse blogueiro acesse http://www.acritica.com.br/content/not-detail.asp?materia_id=139469

Sonho meu - Acordei no meio de um pesadelo na manhã deste domingo. Sonhei que Marcus Barros estava de saída para o PSB e Francisco Praciano para o PDT. Vixe! Vixe! Enxuguei o suor da fronte e voltei a dormir. Com os primeiros raios do sol, me deparo com a manchete acima. Sem dúvida, de um modo ou de outro, os coletivos costumam nos fazem sofrer. A vida nem sempre é uma festa. Já rimos juntos com as conquistas do PT; choramos juntos nossas derrotas; agora, a cidade assiste a sofrida divisão entre velhos companheiros. Está aberta a temporada de caça às bruxas.

Coragem - Pra começo de conversa, qualquer filiado ao PT pode assumir publicamente a mesma posição assumida pelo companheiro Marcus Barros, especialmente nas circunstâncias em que ele se encontra, desde que o faça após suspensão da sua filiação. Caso contrário, rasgue-se o estatuto do partido. Invocar a amizade pelo candidato do PSB tem algo de nobre. Reconheço que amizades estão acima de estatutos partidários, mas não eliminam os princípios éticos ali contidos. Uma longa amizade não se joga na lata do lixo, ainda mais no período em que ela nasceu, quando o candidato do PSB sofria acusações de colaboração com o regime militar e outras maledicências. Foi com esta mesma coragem que os amigos de Marcus Barros participaram de um delicado momento do PT, no qual uma dessas caricaturas de candidatura "para marcar posição" ameaçava arrastar o partido para uma aventura eleitoral. Nesse caso, o candidato não tinha nem a sombra dos votos que levaram Francisco Praciano para a Câmara Federal.

Caça às bruxas - Como acredito que o meu dileto amigo Marcus Barros procedeu à suspensão da sua filiação, certamente as baterias das forças internas do PT que antagonizam as do Secretário Extraordinário do Governo Serafim Corrêa, vão querer ver sangue jorrando. Recentemente, perderam essa oportunidade quando o governador do Estado reconheceu um descuido no trato com os companheiros do PT que ocupam cargos na sua administração. O semblante de gozo com a possibilidade de saída em massa do governo assanhou os partidários da candidatura única, esta, sim, decidida pela maioria do partido. Certamente são mais do que meia dúzia de "companheiros" os que assumem a condição de "inimigos cordiais", que querem ver cabeças rolar. Vai sobrar até para quem deu depoimento em santinhos de companheiros que atuam no campo da esquerda. Tenha santa paciência!

Declaração de voto - Por disciplina partidária, voto no Praciano. Falei e disse! Mas não me venham com Tribunais de Inquisição. Do contrário, até o nosso candidato acabará por ser submetido. Ou alguém aí já esqueceu que a coligação PT-PPS protocolou no Tribunal Regional Eleitoral um pedido de punição à companheira Marilene Corrêa da Silva Freitas - reitora da Universidade do Estado do Amazonas - por causa de um deslize da FGV numa prova do vestibular da UEA. Ora, bolas! Só faltava Marilene, um dos patrimônios do PT, ser autora de quesitos de uma prova que é responsabilidade da FGV. Nenhum assessor do candidato procurou dar um telefonema sequer para se assenhorar da natureza do processo de confecção de uma prova. Nem o DEM merecia atitude tão precipitada, ainda mais uma companheira do PT. Companheiro, que é companheiro, não sai atirando em companheiro. Devagar senhores(as), devagar com o andor que o santo é de barro!
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