novembro 30, 2009

II Fórum da diversidade cultural qualifica discussões no Amazonas

Diversidade Cultural
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Vermelho
www.vermelho.org.br

27/11/2009

Fórum de diversidade cultural qualifica discussões no Amazonas

A disseminação do programa Pontos de Cultura no Amazonas foi a pauta central do II Fórum Estadual de Diversidade Cultural, encerrado no final da tarde de hoje (27) no Palacete Provincial, localizado na Praça Heliodoro Balbi, centro de Manaus. O evento foi organizado pelo grupo “Pé na Taba”, um dos pontos de cultura do Estado, e contou com a participação, dentre outros, do ator e presidente da FUNARTE Sérgio Manbert.

O evento reuniu cerca de 50 pessoas – entre músicos, atores, pintores e produtores de audiovisual - e também serviu como etapa preparatória para a TEIA e como conferência livre da Conferência Nacional de Cultura, ambos a serem realizados em março de 2010.

De acordo com a organizadora do evento e coordenadora do Pé na Taba, Lucimar Weil, o objetivo do Fórum é divulgar as vantagens do programa desenvolvido pelo Ministério da Cultura (Minc), incentivar os grupos amazonenses a se inserirem no projeto e debater as políticas culturais do Estado.“Buscamos congregar a diversidade cultural e discutir políticas públicas para cultura no Amazonas. E também pretendemos fortalecer a rede de pontos de cultura aqui no Estado, afinal ela precisa ser ampliada”, destaca.O debate em torno dessa problemática se dá por conta da baixa inserção dos grupos culturais amazonenses nesse programa. Segundo Lucimar, dos cerca de 2.500 pontos de cultura existentes no Brasil, apenas três estão no Estado. No último edital aberto pela Secretaria Estadual de Cultura (SEC), outros 12 grupos foram habilitados a ser tornarem conveniados, porém, esse número ainda está distante da metade 40 proposto pelo Minc.

De acordo com a coordenadora do Pé na Taba, o foco dos movimentos culturais que participam do evento é buscar, junto a SEC, que outro edital seja aberto ainda este ano para que 28 novos grupos venham se tornar conveniados do programa.O Ponto de Cultura é um programa do governo federal, realizado pelo Minc em parceria com os governos estaduais, que fomenta a produção dos seus conveniados por meio de incentivos financeiros no custeio de suas demandas.

Discussão qualificada

Uma das principais características da atividade foi o alto nível dos debates. A presença de nomes como o do presidente da Fundação Nacional de Artes (FUNARTE), Sérgio Manbert, do consultor do Minc e ex-coordenador geral do Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA), Alexandre Santini, e do diretor de cinema Oscar Ramos qualificaram a programação.Mambert contextualizou a cultura no novo momento que vive o país desde a primeira eleição do governo Lula. “Estamos no momento de institucionalização das conquistas que debatemos por muitos anos. E isso é propício para transformarmos as políticas do governo Lula em política de Estado”, destacou.Ele apontou apontou o funcionariado do Minc como outro reflexo disso. “As pessoas que atuam hoje no Minc são pessoas como nós aqui. Que passaram a vida toda produzindo cultura e lutando por melhores condições para essa área”, disse.

Presente desde o início do evento, Santini abordou as políticas públicas culturais sob vários aspectos. A ampliação do orçamento, a necessidade dos produtores de bens culturais se apropriarem das dicussões da Conferência Nacional de Comunicação e de se envolverem nos mais diversos movimentos. “Tudo é busca por direitos. Logo, precisamos ter uma atuação mais ampla e não meramente corporativista”, afirmou.

De Manaus,
Anderson Bahia

OBS: O Evento contou ainda pela manhã com a presença de Célio Turino, Secretário de Cidadania Cultural do Minc, o idealizador do Programa Cultura Viva que deu vida aos milhares de Pontos de Cultura espalhados pelo país, um programa de democratização e acesso a cultura, ponto que une a outros pontos, e como ele mesmo escreve em seu livro PONTO DE CULTURA: O Brasil de baixo para cima", os pontos são pontos de vida, e como parte de um sistema vivo, "o Ponto de Cultura funciona como sedimentador e aproximador de iniciativas e ações que garantem a vitalidade do sistema, alimentando-o constantemente com as novas idéias e fazeres", criando e recriando a história, é a cultura em processo, "desenvolvida com autonomia e protagonismo social".
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"Diário de um Louco"

Cia. Produz Ação Cênica, Espaço Eureka apresentam "Diário de um Louco" de Nikolai Gogol

A Cia Produz Ação Cênica apresenta no Espaço Eureka, em São Paulo, o espetáculo “Diário de Um Louco”, dirigido por Glicério Rosário, as apresentações na capital paulista comemoram os 200 de anos de nascimento de Nikolai Gogol, autor do realismo que nasceu na Ucrânia em 1809. Serão apenas 3 apresentações de 04 a 06 dezembro, há previsão de nova temporada em São Paulo em 2010. Serviço e mais informações abaixo.


DIÁRIO DE UM LOUCO de Nikolai Gogol
De 04 a 06 de dezembro, sexta e sábado 21h00 e domingo 19h30
Local: Espaço Eureka da Cia. Eureka da Cooperativa Paulista de teatro
Al. Nothmann 1032, Campos Elíseos (entre as estações de metrô Santa Cecília e Mal. Deodoro, ao lado da FUNARTE) - Informações: Tel. 11 9785 3314 / (31) 9655 6225
Ingressos: R$ 30,00 (Inteira) e R$ 15,00 (Meia Entrada) – 40 lugares - Acesso Universal
Promoção do ESPAÇO CULTURAL EUREKA: Compra antecipada de 23 a 30 de novembro de 2009: R$ 10,00 – Classe artística: promoção na compra de 23 a 30 de novembro: R$ 5,00
Informações: Tel.: 3822 0569 – produzacao@yahoo.com.br
Imprensa, divulgação e apoio:
O AUTOR NA PRAÇA –
imprensa@oautornapraca.com.br- Tel. 3739 0208 / 9586 5577
Sonia Kessar Ass. Imprensa - imprensa@soniakessar.com.br

Sinopse O ESPETÁCULO - Axenty Ivanovitch Propritchine é a encarnação da insignificância: sua existência pobre e solitária é apresentada como se o mesmo vivesse em pequeno quarto, (seu mundo) onde em seus delírios, ele relata a falta de importância para com ele em seu emprego, pateticamente simbolizada pela função que ocupa: funcionário de apontar penas de escrever. Metáfora sobre a alienação, o texto mergulha profundamente nas causas sociais da loucura mostrando que, na cisão entre realidade e desejo, entre o mundo que se oferece para ser vivido e o mundo a qual não se tem acesso, cria-se um abismo que cinde a personalidade.

Direção - Dois atores para representar uma única pessoa que tem a personalidade cindida: um monólogo a dois. O que poderia ser um contra-senso torna-se fundamento da encenação de “Diário de um Louco”, a partir do conto homônimo de Nikolai Gogol. Em nossa encenação do conto de Gogol, reforçamos a solidão e o absurdo a partir de corredores e guichês que procuram organizar o percurso de acesso da personagem ao gabinete do Diretor. A sub-função de absurda dês-importância dentro de uma burocracia vazia e a solidão imergem a personagem numa ficcionalização de outra realidade. Ela cria para si justificativa de sua extrema importância. Misturando narração e dramatização, a montagem confronta real e ilusório, fazendo a personagem criar um mundo possível para si, a partir de restos do mundo a que ela não tem acesso. Não se esquecendo da comicidade do autor, a encenação propõe guardar o que de mais valoroso a história da comédia nos oferece: o trágico. (Glicério Rosário)

Ficha Técnica
Realização:
Companhia Produz Ação Cênica
Texto: Nikolai Gogol / Supervisão de Texto: Ítalo Mudado
Direção do espetáculo: Glicério Rosário / Atores: Carluty Ferreira e Genilson Mendes
Assistente de Direção e Preparação Corporal: Ana Medeiros
Produção Executiva: Carluty Ferreira e Hely Rodrigues / Direção de Produção: Carluty Ferreira / Preparação vocal: Ivania Marinho / Cenografia: Carluty Ferreira / Figurino: Carluty Ferreira / Iluminação: Felipe Cossi Andrade / Trilha Sonora: Gilberto Mauro / Maquiagem: O Grupo / Design Gráfico: Charles Heringer e Marilene Rocha / Costureira: Rosali Perdigão / Cenotecnica: Milton César / Fotografia: João Teodoro

Histórico da Cia Produz Ação Cênica - Formada em novembro de 2001, com objetivo da valorização da ação coletiva, através da pesquisa, teórica e prática, produção e o registro da arte e da cultura brasileira em todas as suas vertentes com destaque para as artes cênicas. Marcada pela experiência profissional dos artistas que integram seu núcleo, estruturadores do pensamento e da atuação artística. Entre esses artistas destacam-se os integrantes da Companhia: Carluty Ferreira, Genilson Mendes, Hely Rodrigues, Patrícia Thomaz e Rogério Alves e os orientadores Sebastião Miguel e Vera Casanova.

Principais eventos e festivais
Prêmio Sinparc-Bonsucesso melhor direção – Cenário e ator revelação – peça Oração para Um pé de chinelo Plínio Marcos – 2002 . Festival Internacional de Teatro Palco e Rua de Belo Horizonte – FIT/BH – 2004. Peça Oração para um pé de chinelo Plínio Marcos temporada Teatro Coletivo – SP – 2005. Peça O Segredo da Encalhadas temporada Espaço 2 de Arte – Projeto Mutirão – SP – 2005. Festival de Curitiba – Fringe – 2006. ECUM – 2006 - Ocupação em Movimento – 2006. Ganhador do “Prêmio Cena Minas” para a montagem de Oração para um pé de chinelo em 2008

COMPANHIA PRODUZ AÇÃO CÊNICA
produzacao@yahoo.com.br - Tel: 31 3222 3130
Rua da Bahia 1148 - Ed. Maleta, sala 624 – Centro - Belo Horizonte - Minas Gerais

EUREKA COMPANHIA DE TEATRO
espacoeureka@uol.com.br - Tel: 11 3822 0569 / 9785 3314
Alameda Nothmann 1032, Campos Elíseos – São Paulo – SP – Brasil
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Carta do Professor Nelson Noronha à Comunidade Universitária

Nelson Noronha - ICHL
Foto: Rogelio Casado - Manaus - Amazonas - Brasil, 2009

domingo, 29 de novembro de 2009
CARTA DO PROFESSOR NELSON NORONHA À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA

Registra-se nessa edição a Carta que o professor Nelson Matos de Noronha enviou a nossa editoria, expondo às razões que justificam sua candidatura a direção do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas, as eleições estão marcadas para a próxima quarta-feira (2). A disputa conta com duas chapas, obedecendo a uma longa agenda de debate, confrontando propostas e avaliando os projetos que mais se ajustam ao projeto político pedagógico do ICHL. Além dos projetos confrontam-se também a competência gestora dos proponentes e, sobretudo a postura ética dos candidatos frente à comunidade universitária.

Prezados amigos,

Tenho acompanhado o blog do NCPAM. Trata-se de um espaço que deixou de ser virtual e transformou a internet em praça de debates. Dirigentes sindicais, líderes comunitários, populares sem qualquer fama aí encontraram uma tribuna para levar sua voz a toda sociedade.

Da dispersão em que se encontravam, esses grupos e indivíduos (que estavam no anonimato) caminharam para essa praça e aí puderam reconhecer suas afinidades, os pontos comuns de suas lutas e elaborar estratégias para, unidos, resistirem às formas de exploração e exclusão que lhes afetam. Também puderam aí trocar relações afetivas e construir o sentimento de pertencimento comunitário que o Estado e o Mercado não podem e não pretendem lhes conceder. Gostaria de me juntar a eles, na condição de trabalhador.

Sou professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e leciono no Departamento de Filosofia e no Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura no Amazonas. Meu trabalho consiste em ensinar alguns elementos de história da filosofia e da cultura. Isto quer dizer que estudo um pouco do que disseram os grandes pensadores da história universal e também um pouco da realidade em que vivemos através de pesquisas de sociologia, antropologia, psicologia e estudos da linguagem. Candidatei-me ao cargo de Diretor do Instituto de Ciências Humanas e Letras. A campanha está em andamento. Nesta última quinta-feira, dia 26 de novembro de 2009, ocorreu o primeiro debate entre os dois candidatos que disputam o cargo (foto). Haverá novo debate na
segunda-feira, dia 30 de novembro, às 19 horas e um terceiro e último debate na véspera da eleição, dia 01 de dezembro de 2009, às 10 horas da manhã, no Hall do ICHL.

Eu e a Professora Márcia Mello, que está ao meu lado, disputando o cargo de Vice-Diretora, temos ido às salas de aula, aos departamentos e a todos os demais espaços de atuação e convivência do ICHL para conclamar a comunidade a participar ativamente do processo eleitoral. Transmito-lhes essas informações iniciais para lhes descrever o contexto em que transcorre a luta da qual estamos participando. Aqueles que vivenciaram a UFAM nos últimos quatro anos sabem que tem havido um processo de expansão da universidade brasileira que consiste somente no aumento no número de vagas para alunos sem que se dê a contrapartida da melhoria das condições de ensino, pesquisa e extensão. Sem a readequação do espaço físico, a contratação de novos professores e a dotação de recursos para a manutenção das necessidades do dia a dia, as Instituições Federais de Ensino Superior não poderão oferecer aos alunos, professores, técnicos administrativos e técnicos em educação as condições necessárias para que eles realizem suas atividades acadêmicas.

O Instituto de Ciências Humanas e Letras é, entre as unidades acadêmicas da UFAM, a que possui o maior número de Departamentos, o maior número de cursos, de estudantes e de professores. Ele se estende por mais de um terço da área do Setor Norte. Muitos alunos da Faculdade de Pedagogia e da Faculdade de Estudos Sociais, quando interrogados onde estudam, afirmam que são alunos do ICHL, porque a identificação com essa unidade acadêmica é tanta que seu nome se sobrepõe às demais naquela parte do Campus Universitário. A despeito de sua história de lutas e vitórias pela democracia, o ICHL vive momentos de ostracismo e até mesmo de humilhação.

De fato, quando examinamos o trabalho desenvolvido por professores, alunos e técnicos, constatamos que os melhores indicadores de desempenho da UFAM dali se originam. Contudo, a despeito desse esforço, o ICHL não tem recebido da administração superior da UFAM o reconhecimento da relevância de seu papel como unidade promotora de estudos fundamentais para a sua consolidação como instituição de excelência. Trata-se de uma política coerente com as diretrizes do governo federal. Este tem promovido o estrangulamento das universidades públicas ao mesmo tempo em que tem criado condições favoráveis para o enraizamento das instituições
particulares na área do ensino superior.

Nesse contexto, a vida cultural, acadêmica e política da UFAM tem se esvaziado. O isolamento dos departamentos, a competição individual por verbas e cargos passou a dominar espaço do campus em detrimento do debate público, do respeito à diversidade e da comunhão daquele sentimento de que falei lá em cima, o de pertencer a uma comunidade cidadã.

Nesse cenário é que a omissão tornou-se o traço mais evidente da administração universitária. Ela atende aos interesses dos que exercem os cargos de direção em causa própria. Aqueles para quem a melhor vida política na universidade é aquela do descrédito e da desesperança. Não por acaso, os que assim pensam têm afirmado por aí que os Planos de Trabalho apresentados pelos dois candidatos a diretor do ICHL são iguais. Eles semeiam a confusão para dela colher os frutos, isto é, a sua promoção pessoal na qual investem sem parar.

Omissão que tem sido responsável pela introdução na vida universitária da banalização da violência. A prática de trotes violentos aumentou este ano, assaltos e crimes de violência sexual no campus têm surgido no noticiário de forma cada vez mais freqüente, um professor foi agredido com socos e pontapés no exercício de seu trabalho, na frente de seus alunos que ainda testemunharam a ameaça de morte proferida pelo agressor contra o docente.

Na verdade, esta é a primeira vez que me candidato a um cargo de tal relevância na UFAM. Tenho experiência na administração por ter exercido a coordenação do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia. Revelo, sem modéstia, que sou o autor do projeto de criação do curso de doutorado desse programa, o qual tem merecido elogios em toda parte. Minha atuação política, nos últimos cinco anos, limitou-se a minha participação nas assembléias e na atual diretoria da ADUA.

Ao longo dos últimos 12 meses, tenho atuado no Conselho Universitário como representante daquela entidade sindical. Creio que, neste domínio, ofereci uma relevante contribuição na luta em favor da valorização dos Conselhos Deliberativos da UFAM, os quais foram sistematicamente esvaziados e desqualificados após a criação de uma estranha entidade a que chamam de Comitê Gestor.

Em decorrência das experiências na docência e na administração universitárias, eu e Márcia Mello compreendemos que o aprofundamento do estado de precariedade das condições políticas e de trabalho no ICHL atingiu um nível intolerável. Também compreendemos que, juntos, poderemos criar as condições para que a comunidade do ICHL construa a unidade política necessária para a realização de um projeto de revigoramento da democracia em nosso instituto.

Por isso, resolvemos adotar três diretrizes para encabeçar nosso Plano de Tabalho: “Gestão democrática do Ensino”; “Liberdade de Cátedra” e “Descentralização”. Tais diretrizes são velhas bandeiras de luta da sociedade brasileira. Elas constam no projeto de LDB que, antes da aprovação da lei Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, foi construído democraticamente pelos trabalhadores em educação juntamente com numerosos representantes da sociedade civil e remetida ao Congresso Nacional. Partes desses princípios foram adotadas na nova legislação. Mas, mesmo os que sobreviveram às distorções do projeto original, estão ameaçados pela nova reforma da educação que está em curso na Câmara e no Senado Federal. Quisemos adotá-las por serem corretas e,
também, para fomentar, no ICHL, a retomada de suas discussões. Visamos, chamando a atenção para os problemas que elas ensejam, suplantar o isolamento e o descrédito da atividade política que entre nós vigoram.

Nosso oponente não faz a mesma leitura que acabamos de expor. A divergência constitui a própria essência do ambiente democrático. Infelizmente, porém, no ímpeto de divergir, alguns colegas chegam ao ponto de induzir o público a formular concepções equívocas a propósito de nossa candidatura. Compreendo que, no calor do debate, os candidatos incorram em alguns exageros. O que não compreendo é a reação de pessoas que, não tendo comparecido ao debate, divulgam em blogs muito conhecidos expressões desrespeitosas aos colegas professores, atribuindo a eles epítetos como “dinossauros sem-títulos” e sugerindo que pregamos um “socialismo puro a enxofre”.

Bem, chegamos a um ponto em que o silêncio se impõe como a maneira mais eloqüente de nossa indignação.

Fonte: Núcleo de Cultura Política do Amazonas
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Nelson Noronha e Marcia Eliane: proposta para direção do ICHL

Ato público no ICHL
Foto: Rogelio Casado - Manaus - Amazonas - Brasil, 2009


Da esq. para a dir.: César Wanderley (presidente do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas), Prof. Nelson Noronha (atual candidato à direção do ICHL), Tom Zé (presidente da Asociação dos Docentes da Universidade do Amazonas), Cristóvão Nonato (ex-apresentador da TV Cultura)
PROPOSTA DE TRABALHO PARA A DIREÇÃO DO ICHL 2010--2014
NELSON MATOS DE NORONHA E MARCIA ELIANE ALVES DE SOUZA E MELLO

Perfil dos Candidatos à direção do ICHL

Nelson Matos de Noronha
(Diretor)
Possui graduação em Licenciatura Plena em Filosofia pela Universidade do Amazonas (1987), mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1992) e doutorado em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (2000). Professor Adjunto IV da Universidade Federal do Amazonas. Atualmente é Coordenador do Programa e de Pósgraduação Sociedade e Cultura na Amazônia. Membro de corpo editorial da INTERthesis (Florianópolis). Membro de corpo editorial da Somanlu (UFAM). Coordena o projeto financiado
pelo Cnpq Amazônia dos Viajantes: História e Ciência. Publicou e organizou recentemente dois livros: Ciência e Saberes na Amazônia: Indivíduos, Coletividades, Gênero e Etnias (2008) e Sociedade e Cultura na Amazônia: notas sobre o trabalho multidisciplinar na pesquisa e na pós-graduação (2008). Lidera dois grupos de pesquisa Cnpq/UFAM: “Amazônia e pensamento contemporâneo” e “Centro de estudos e pesquisas em filosofia e ciências humanas”. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em História da Filosofia. Atuando principalmente
nos seguintes temas: Filosofia, Psicologia, Experiência, Homem, Liberdade e Foucault.
Email: noronhanelson@hotmail.com

Marcia Eliane Alves de Souza e Mello (vice-diretora)
Formada em História pela Universidade do Amazonas (1990), com especialização em Organização de Arquivos pela USP/IEB (1995) e Doutorada em História pela Universidade do Porto (2002). Professora Adjunto III lotada no Departamento de História (UFAM), onde já exerceu os cargos de Chefe e Coordenador do Curso. Atualmente é Vice-coordenadora do Programa de Pós-graduação Sociedade e Cultura na Amazônia, onde atua como docente, bem como no programa de pós-graduação em História. Também coordena o Centro de Apoio a Pesquisa do PPGSCA (CENDAP) e o Núcleo de Pesquisa em Política, Instituições e Práticas Sociais (POLIS/DH). Tem experiência na área de História política e institucional, com ênfase em História do Brasil Colônia. Desenvolve pesquisa na área de História, documentação e memória.
Email: mmello22@hotmail.com

PROPOSTA DE TRABALHO
A presente proposta visa apresentar as principais diretrizes e metas políticas, acadêmicas e administrativas para o período de 2010 a 2014, na gestão dos candidatos Nelson Matos de Noronha, como Diretor, e Marcia Eliane Alves de Souza e Mello, como Vice-Diretora do Instituto de Ciências Humanas e Letras da Universidade Federal do Amazonas.

Diretrizes Gerais

As diretrizes gerais da presente proposta seguirão os princípios maiores do Estatuto e o Regimento Geral da Universidade Federal do Amazonas bem como os fundamentos da Lei de Diretrizes da Educação Nacional, interpretados sob a luz das críticas apontadas nos debates travados nas esferas local, nacional e internacional.

O Instituto de Ciências Humanas de Letras, no campo de atuação de seus Departamentos Acadêmicos, promoverá o cultivo do saber, a criação cultural, a criação artística e o pensamento reflexivo e crítico; combaterá todas as formas de discriminação, promoverá o respeito mútuo e o diálogo entre as diferenças. Como parte do poder público, compreendemos que é nosso dever promover a educação como direito fundamental, imprescindível para a existência histórica dos cidadãos, na medida em que lhes proporcione os recursos necessários para o acesso ao trabalho, à sociabilidade, à justiça social, à cidadania e à cultura.

DIRETRIZES POLÍTICAS

LIBERDADE DE EXPRESSÃO E LIBERDADE DE CÁTEDRA

No campo da ação política, nos comprometemos a promover a liberdade de expressão, a liberdade de cátedra, o respeito à diversidade de opinião; princípios nos quais acreditamos como condições fundamentais para a difusão e a socialização do saber. Serão estimuladas iniciativas que favoreçam a liberdade de aprender e de ensinar bem como as que fortaleçam a vinculação da academia com a vida social e o mundo do trabalho. Nosso esforço se voltará para a ampliação dos espaços institucionais e das formas de participação, com poder de deliberação, de todos os segmentos na formulação, no planejamento e na fiscalização das ações políticas, administrativas,
acadêmicas e pedagógicas do ICHL. Também buscaremos ampliar a participação da representação da sociedade civil nas instâncias consultivas, deliberativas e fiscalizadoras do ICHL.

A defesa dos Direitos Humanos, o uso responsável e sustentável dos recursos ambientais, a pluralidade e a solidariedade aos movimentos sociais bem como o fomento à inserção de todos os segmentos da população nas atividades universitárias deverão nortear o posicionamento político de nossa gestão.

GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO

O ensino ministrado no ICHL será público, gratuito e de qualidade. A sua organização, o seu oferecimento bem como as formas de relacionamento entre docentes, discentes e técnicos em educação serão regidos pelos princípios da gestão democrática. O Diretor e a Vice-Diretora, neste domínio, deverão atuar no apoio logístico necessário para a realização das atividades pedagógicas bem como na promoção do diálogo e do entendimento dos atores aí envolvidos.

A alternância de poder constará como uma das pedras fundamentais da gestão democrática do ensino.

Os proponentes se comprometem a participar de movimento reunindo toda a comunidade universitária em prol da convocação regular do Congresso Universitário previsto no Estatuto da UFAM.

TRANSPARÊNCIA E PUBLICIDADE DAS AÇÕES

Serão amplamente divulgadas as decisões políticas, administrativas, pedagógicas, acadêmicas e disciplinares do ICHL, tanto no âmbito de sua Direção quanto no âmbito de suas instâncias deliberativas, isto é, o Conselho Departamental, os Departamentos e os Colegiados de Curso. Será mantida, no Portal Eletrônico da UFAM, uma página do ICHL onde todas as deliberações tomadas pela Direção e pelos Colegiados serão dadas ao público imediatamente; aí também deverão ser apresentadas as informações sobre a estrutura acadêmica e administrativa
do Instituto, sobre a composição de seu quadro docente e de técnicos em educação superior, o número de alunos e os cursos oferecidos; um quadro informará sobre seu espaço físico, a área ocupada no Campus Universitário, as instalações dos Departamentos, cursos e núcleos de pesquisa que sem encontrem no Campus Universitário e fora dele; também serão feitas as prestações de contas dos recursos financeiros aplicados no ICHL, tanto aqueles originados no orçamento regulamentar da UFAM quanto os que surgirem através de projetos financiados pelas
agências de fomento, por convênios e serviços prestados. Além do calendário acadêmico da UFAM, serão divulgadas as informações das atividades específicas do ICHL, sua natureza, os professores, os estudantes e os servidores técnico-administrativos envolvidos, os recursos utilizados e suas fontes de financiamento; as contratações, as demissões, as permutas e todas as outras formas de movimentação de entrada e saída de pessoal docente e técnico-administrativo também serão aí divulgadas.

INDEPEDÊNCIA E ORGANICIDADE

Sem desobedecer aos princípios de unidade e organicidade da administração da UFAM e do serviço público, o ICHL deverá deliberar de forma autônoma, conforme a lei e com independência, frente aos demais institutos, faculdades, órgãos suplementares e a Administração Superior da Universidade bem como às políticas de governo. Não serão cumpridas ordens ilegais; quanto as que, mesmo sendo legais, sejam julgadas imorais pela comunidade acadêmica, serão questionadas nos âmbitos da administração e da justiça. A convocação de um amplo debate para
a elaboração de um Regimento Interno do ICHL será uma de nossas propostas mais urgentes.

DIRETRIZES ACADÊMICAS

INTEGRAÇÃO E INDISSOCIABILIDADE DO ENSINO DA PESQUISA E DA EXTENSÃO


Nossa proposta será orientada pelo princípio da integração e indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão. Além da transmissão do saber acumulado, o ICHL se comprometerá com a produção do conhecimento e a superação das fronteiras disciplinares, o reconhecimento, o respeito ao saber não-acadêmico e o envolvimento dos diversos segmentos sociais nas atividades universitárias. O ensino superior não será estimulado somente em seu viés instrumental; ele será concebido como uma força transformadora da sociedade. Por isso, ele requer a reflexão e a crítica. O que será alcançado pela sua associação à pesquisa e à extensão. A pesquisa, por sua vez, não se voltará somente para a resolução de problemas; a universalidade deverá ser considerada como seu compromisso maior. O que supõe sua comunicação pública e o seu ensino como formas de socialização e submissão de seus resultados à crítica da opinião pública. A extensão não se reduzirá à prestação de serviços, mas deverá consistir em mecanismo de interação entre a universidade e a sociedade como esferas mutuamente comprometidas com a
promoção da cultura, da democracia e da justiça social.

A UNIVERSALIDADE DO CONHECIMENTO

O compromisso com uma universidade amazônica não implica o fechamento da pesquisa ao domínio dos problemas universais. Ao contrário, entendemos que, para o bom conhecimento dos processos socioculturais da Amazônia, será necessário investir em pesquisas solidamente fundadas em bases teóricas atualizadas, articuladas aos legados culturais que constituem nossas formas atuais de existência.

ENSINO DEMOCRÁTICO E RESPEITO AO DIREITO, ÀS COMPETÊNCIAS E ÀS RESPONSABILIDADES.

Ao mesmo tempo em que buscaremos ampliar o acesso ao ensino público superior, no ICHL, as atividades de ensino deverão promover o aprendizado através do diálogo, do respeito ao saber do outro bem como do reconhecimento às competências acadêmicas adquiridas através dos procedimentos legitimamente instituídos. Do mesmo modo, será cobrado a todos os membros da comunidade universitária o respeito aos direitos individuais e o cumprimento das suas respectivas responsabilidades.

ARTICULAÇÃO ENTRE A GRADUAÇÃO E A PÓS-GRADUAÇÃO

Para que possamos promover, no Instituto de Ciências Humanas e Letras, a sua solidação como centro de produção de conhecimento, será necessário que logremos articular às atividades de graduação as de pós-graduação. Entendemos a educação como uma tarefa permanente do sujeito sobre si mesmo em uma teia de relações sociais, simbólicas e políticas.

Por isso, não podemos aceitar a concepção da graduação como uma etapa final do processo nem que a pós-graduação seja concebida tão somente como um treinamento para a formação de pessoal altamente qualificado. O aumento do rigor, de um nível de estudo para outro mais elevado, deverá constituir um estímulo para o amadurecimento intelectual e o desenvolvimento de habilidades que requerem o domínio de métodos, instrumentos e procedimento científicos. Tanto a formação de bacharéis e licenciados quanto a de mestres e doutores devem se realizar em vista de se alcançar os mais altos níveis de desempenho dos formandos. Acreditamos que a sociedade sempre oferecerá muitas e boas oportunidades a todos os que lograrem essa meta.

FOMENTO À INTERDISCIPLINARIDADE

Julgamos a interdisciplinaridade não somente como uma reunião de especialistas de áreas diversas em torno de um problema comum, mas, sobretudo, como uma atitude; a atitude de abertura que alia o conhecimento ao pensar; atitude daqueles que, tendo sido dotados de uma “cabeça bem formada”, isto é, de uma sólida formação em uma especialidade, assumem o risco de buscar em outros domínios as ferramentas, os métodos e as teorias que lhes permitirem ampliar, confirmar ou modificar suas formas costumeiras de julgar a realidade.

GARANTIA DE PADRÃO DE QUALIDADE

No Brasil, as Universidades Públicas estão muito à frente das Instituições Privadas de Ensino Superior no quesito “qualidade do ensino”. Isto se deve às exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que determina que somente será conferido o estatuto de Universidade às Instituições que possuírem, no seu quadro docente, no mínimo um terço de Mestres e Doutores e a mesma proporção de professores contratados sob o regime de trabalho
de Dedicação Exclusiva. Além disso, nas IFES, os docentes são contratados mediante concurso público de provas e títulos. Entretanto, com a política de expansão adotada pelo governo federal, alguns dirigentes dessas instituições decidiram promover a contratação de professores e de pessoal técnico-administrativo através de processos de seleção simplificado. Com isso, o número de professores substitutos cresceu perigosamente assim como se aprofundou a precarização das condições de trabalho nos demais setores. Nosso compromisso, neste domínio, é de persistir na ampliação do quadro docente a fim de que seu crescimento acompanhe o processo de expansão
do número de vagas, de cursos e de projetos de pesquisa e extensão do ICHL. Ampliação que deverá ser promovida mediante a realização de concursos públicos para a contratação em regime de Dedicação Exclusiva, preferencialmente de docentes possuidores de títulos de mestrado ou doutorado.

Além disso, promoveremos a realização de atividades visando à avaliação interna do ICHL; atividades onde serão analisados não apenas os indicadores de desempenho, mas também, os indicadores das condições oferecidas pela Instituição para o desenvolvimento das atividades acadêmicas.

Será estimulada a consolidação dos grupos de pesquisa já existentes e a criação de novos grupos; paralelamente, levaremos ao CONDEP proposta de regulamentação e de institucionalização desses grupos para que os mesmos venham a figurar na estrutura administrativa e acadêmica do ICHL. Da mesma forma, daremos publicidade às atividades dos laboratórios e de outras estruturas de apoio já existentes, promoveremos sua institucionalização a fim de lhes garantir espaço físico para suas instalações, a contratação de pessoal e a dotação de seus recursos no orçamento da UFAM.

É nossa pretensão recuperar o papel de apoio da Biblioteca Setorial. Não poderemos garantir a qualidade do ensino sem que disponhamos de uma biblioteca dedicada às ciências humanas instalada em lugar acessível, com instalações modernas e confortáveis aos professores e alunos do ICHL e dotada de acervo de alta qualidade.

Nossa ação deverá se voltar para uma revisão dos processos de seleção visando dar as eles a maior transparência possível, igualdade de condições de participação e aprofundamento do compromisso dos que ingressarem com o desenvolvimento das atividades de seus cursos.

Quanto aos processos de avaliação externa, como o ENADE, o ENEM e a Avaliação da Pós-graduação pela CAPES, promoveremos as condições propiciadoras para a participação dos estudantes e dos cursos ao longo do calendário letivo, mas nos empenharemos também na intervenção crítica junto aos órgãos de governo visando a obtenção de contrapartidas institucionais que nos permitam aceder a condições adequadas à obtenção dos melhores
indicadores.

DIRETRIZES ADMINISTRATIVAS

DESCENTRALIZAÇÃO
PLANEJAMENTO
COOPERAÇÃO
AUTONOMIA FINANCEIRA
GESTÃO DE RECURSOS PRÓPRIOS
RESPEITO ÀS COMPETÊNCIAS
GARANTIA DE CONTINUIDADE ÀS ATIVIDADES ACADÊMICAS
ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE DO PATRIMÔNIO

Metas

POLÍTICAS

- Discussão e Aprovação do Regimento do ICHL.
- Unir o ICHL às outras unidades na convocação do Congresso Universitário anual.
- Ampliar as representações de todos os segmentos nos colegiados do ICHL e da UFAM; promover a participação de Coordenadores de Cursos de pós-graduação stricto-senso no CONDEP; institucionalizar os núcleos e os laboratórios de pesquisa; indicar representantes do ICHL junto aos Colegiados das Unidades Suplementares.

ACADÊMICAS

* Articular o Colegiado de Coordenadores.
* Formular uma política pedagógica para a unidade através de debates e trabalho coletivo.
* Apoiar as reformas das grades curriculares dos cursos para adequá-las às novas Diretrizes Curriculares.
* Promover a avaliação interna dos cursos e da política pedagógica da unidade.
* Promover a articulação entre a graduação e a pós-graduação.
* Promover e ampliar parcerias com instituições de ensino e pesquisa locais, regionais, nacionais e internacionais.
* Ampliar o número de bolsas em todos os níveis e modalidades.
* Promover e ampliar a qualificação de docentes e técnicos em educação.
* Assegurar a implantação de novos cursos já aprovados pelo CONSEPE e garantir as condições para o bom funcionamento dos que já estão em funcionamento.
* Promover a participação crítica de estudantes e professores nos processos de avaliação externa.
* Ampliar as matrizes de vagas para docentes e técnicos em educação no ICHL.

ADMINISTRATIVAS

- Implantar o sistema de planejamento interno do ICHL – anual, quadrienal e decenal.
- Aprovar no CONDEP o orçamento anual do ICHL para que o mesmo seja remetido ao CONSUNI sob forma de resolução para a criação da conta e das rubricas correspondentes.
- Implantar o sistema de controle do patrimônio do ICHL.
- Implantar o sistema de conservação e reparos do espaço físico e das instalações civis do ICHL.
- Criar uma Secretaria Executiva encarregada da gerência de pessoal e do patrimônio do ICHL.
- Revisão da participação do ICHL nos contratos de locação e concessão de serviços no CAMPUS.

Manaus, 13 de novembro de 2009.
Nelson Matos de Noronha Marcia / Eliane Alves de Souza e Mello
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Amazonino e a Baronesa de Igarapé


Nota do blog: Bota mais uns oito anos pro manauara levantar a auto-estima depois da decisão que absolve crime eleitoral - provado e comprovado - do atual mandatário da prefeitura de Manaus. Reduz aí uns quatro, se todos pudessem ler - nas escolas, nas feiras e mercados - a coluna TAQUPRATI do imortal José Ribamar Bessa Freire. A deste domingo é pra chorar de rir da desgraça de ter uma caveira de burro enterrada sabe-se lá em que terreiro. Enquanto isso, tome Pai Véio no couro.

TAQUI PRA TI
AMAZONINO E A BARONESA DE IGARAPÉ
José Ribamar Bessa Freire
29/11/2009 -
Diário do Amazonas

O Imperador da Floresta, Sua Majestade Leão XIII, concedeu à hiena o título nobiliárquico de ‘Baronesa de Igarapé’, dando-lhe de presente brasão e castelo. Dias depois, a nova baronesa se apresentou diante do Imperador:

- Majestade – disse ela – é preciso que os vivos aprendam a respeitar os mortos. Para isso, quero submeter-vos um projeto de lei que eu mesma redigi. Se V.M. concordar com minha humilde forma de pensar, meu projeto terá força de lei em toda a floresta.

Leão XIII submeteu o projeto ao Senado Florestal, que o aprovou por unanimidade. Promulgou, então, a seguinte lei:

“Considerando que o olho collorido do imperador suscita terror e medo em todos os animais e que sua vontade é lei; considerando parecer favorável dos senadores Gato Escaldado - marquês de Pericumã, e Jaboti de Casca-Grossa – conde de Abacatal; considerando que o Senado aprovou o projeto da Baronesa de Igarapé; o Imperador Leão XIII decreta:

Art. 1 – Fica proibido, sob pena de morte, exumar um cadáver enterrado para consumir sua carne; Art. 2 – O presente decreto entra em vigor a partir de hoje; Art. 3 – A Baronesa de Igarapé fica encarregada de fiscalizar o cumprimento da lei.

Dias depois de sua publicação no DOF – Diário Oficial da Floresta, a matriarca das hienas enfartou e bateu a caçoleta. Teve velório espetacular com funeral pomposo e pirotécnico, desfile de carro de bombeiros e pétalas de rosas atiradas de helicópteros.

Depois do enterro, a hiena filha, apelidada de Baronesa de Bunda-Baixa, esperou que todo mundo dormisse e, no meio da escuridão profunda e tenebrosa, se dirigiu ao cemitério. Lá, desenterrou o cadáver da mãe, devorou a carne da velha e roeu-lhe os ossos. Um senhor banquete! Naquele momento, trovões e relâmpagos riscaram os céus. A Baronesa, se borrando de medo, arriou ainda mais a bunda e fez cocô. A coruja, que enxerga de noite, viu tudo, do galho de uma árvore.

Os acusados

No dia seguinte, a Baronesa se apresentou diante do trono de Leão XIII, registrando uma queixa: - Majestade, minha pobre mãezinha foi desenterrada e devorada esta noite. Solicito a aplicação da lei: pena de morte para os violadores!

O Imperador da Floresta nomeou juiz do caso a Meritíssima Anta, que havia cursado o doutorado na Floresta Negra, na Alemanha, com uma tese intitulada Die Zulässig keits voraussetzungen der abstrakten Normenkontrolle. A Anta mandou prender e algemar cinco suspeitos, convocando-os para audiências.

Vestida com a toga e com aquele chapéu de bolo-de-noiva na cabeça, a Anta abriu a sessão com um discurso: “Em matéria de justiça sou plenamente in-de-pen-den-te. Não se dá independência ao juiz para ele ficar consultando qualquer sujeito da esquina. O juiz tem o dever de arrostar a opinião pública da floresta”.

A audiência começou. Os cinco suspeitos entraram algemados: o Boi Garantido, o Tamanduá Abraçador, a Onça Pintada, o Mutum-de-Penacho e o Urubu-Cabeça-de-Piroca. Todos eles juraram dizer a verdade, nada mais que a verdade, somente a verdade.

O primeiro interpelado foi o Boi, que se garantiu, provando que o vampiro criminoso não podia ser ninguém da família dos bovídeos: “Antes que a vaca vá pro brejo, é preciso lembrar que nós, ruminantes, só comemos erva, pasto, capim. A ausência de dentes caninos e de incisivos superiores prova que não comemos carne, e muito menos, carniça. A disposição de nossas patas comprova que a gente não tem condição de desenterrar um corpo. Nem que a vaca tussa”.

- “Mas o Tamanduá Abraçador tem unhas poderosas e com elas pode desenterrar um cadáver” – disse o juiz, liberando o boi e chamando o segundo suspeito.

O Tamanduá se defendeu, alegando que era um animal de grande porte, mas de índole inofensiva e que se alimentava exclusivamente de formiga e cupim. Suas unhas serviam para arrancá-las dos formigueiros. Ponderou ainda que o tipo de estômago que tinha constituía prova de que não tem a menor condição de tragar e engolir carne. “Sugiro ao meretíssimo juiz que procure os carnívoros” – disse.

O juiz chamou a Onça Pintada, que exibiu um atestado médico, comprovando que felinos se alimentam de carne, mas de carne fresca, de bife mal passado, sangrando. “Além do mais – disse a onça – a carne de hiena é reimosa e dá curuba. Não comemos carne podre. Procure os abutres”.

“Vocês comem carne?” – perguntou o juiz ao quarto suspeito, o Mutum-de-penacho. “Sim meretíssimo, mas carne de borboleta, de caramujo, de gafanhoto, de lagartixa, no máximo de perereca, sempre de animais pequenos. De cadáver de hiena não. Não somos abutres que nem o urubu”.

A sentença

O último acusado era justamente o Urubu Malandro. – “Confesse que você e sua família se alimentam de carniça e que do alto do céu podem enxergar uma carcaça” – intimou o juiz. Diante da confirmação, acrescentou: “Você fede, é pestilento, nauseabundo, horroroso. Está acusado de vandalismo e vampirismo, sujeito à pena de morte”.

- Se precisa de um culpado, me condene, mas vai ter que explicar como é que com meu bico e minhas patas eu consegui desenterrar o cadáver – argumentou o Urubu. Nesse momento, entrou o policial Macaco Velho com a Baronesa de bunda-baixa algemada: “A coruja é testemunha. Aqui está a culpada” – disse o Macaco policial. A Meretíssima Anta, apoplética, mandou desalgemá-la, devido à sua condição de baronesa.

A Baronesa negou tudo e, através dos seus advogados famosos – Raposa Felpuda e Jacaré-na-lama, regiamente pagos – incriminou o urubu; este requereu que fosse tomado o depoimento da coruja e que o Laboratório VVB da Vovó Veadinha Bambi fizesse exame das fezes encontradas ao lado do túmulo para verificar as “impressões digitais”. Os advogados da Baronesa recorreram, solicitando que o depoimento da coruja fosse ultraconfidencial e corresse sob segredo de justiça. A Meretíssima Anta deferiu e, depois, mandou arquivar o processo porque as provas foram conseguidas “de forma ilegal”.

P.S. Escrevo do Acre, onde participo do II Colóquio Internacional sobre as Amazônias e as Áfricas. Inspirado pelo evento, adaptei esse conto do escritor africano Amadou Hampâté Bâ (1900-1991) publicado na França em 1999 com o título “A Justiça dos Poderosos”. Existem hienas no Brasil e na Amazônia como prova a decisão do TRE/AM que absolveu o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB, vixe, vixe) das denúncias de abuso de poder econômico e de compra de votos.

Fonte: TAQUIPRATI

Monotrilho de Manaus tem erro de trajeto

Monotrilho
Foto postada em skyscrapercity.com

Nota do blog: O projeto de monotrilho do arquiteto João Bosco Chamma para a cidade de Manaus é bom, mas tem um defeito: não teve a devida divulgação. Trata-se de um projeto arrojado, atual, amparado em modernos conceitos de urbanismo. A matéria de A Crítica é oportuna, mas tardia. O projeto oficial está em curso. Faltou debate público para demonstrar a impropriedade do traçado proposto. Imagine um trem desses passando por toda a extensão da av. Constantino Nery? Bom para olhos provincianos, péssimo para a cidade. Leia a excelente matéria da sempre competente Ana Célia Ossame.

Recado pro João Bosco: O blog está à disposição para postar os detalhes do projeto do arquiteto João Bosco, para que @s leitor@s possam a ter a dimensão do que Manaus perderá com o projeto oficial.

Monotrilho

Ana Celia Ossame
Da equipe de A CRÍTICA

O trajeto do monotrilho apresentado pelo Governo do Estado para o transporte público, pelo fato de Manaus ter sido escolhida como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, tem que ser modificado. A afirmação é do arquiteto João Bosco Chamma, que participou da 8ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo.

Na bienal, Chamma foi convidado a apresentar o projeto com o qual pretendia entrar na concorrência pública realizada pela Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), cujo vencedor foi o elaborado pela empresa de consultoria de viabilidade econômica que, segundo afirma, não tem conhecimento para tratar de projetos urbanos, a Pricewaterhouse.

De acordo com Chamma, no entanto, a utilização de vias saturadas como a Constantino Nery, proposta no projeto vencedor da concorrência, vai provocar imensa dificuldade às pessoas que a usam, grandes engarrafamentos e desvalorização de toda a avenida que, por sua vez, não tem uma largura apropriada para uma intervenção desta envergadura. Caso o trajeto fosse feito pelo igarapé dos “Franceses”, nada disso aconteceria e a cidade poderia ganhar um grande parque linear urbano com ciclovias (contribuição com menos gás carbônico na atmosfera), uma viagem mais bonita e agradável que acabaria ficando convidativa aos domingos e feriados, melhorando, com isso, a viabilidade econômica para a manutenção do sistema.

“Propomos, ainda, a não entrada do monotrilho pelo nosso centro, pois isso seria um verdadeiro estupro (coisas de quem não tem conhecimento e nem compromisso com a nossa cidade). Poderíamos ter um acesso ao Centro beirando o igarapé no Bariri, depois na Aparecida, onde vai acontecer um projeto do Prosamim. Dignificaríamos e requalificaríamos a orla, aproveitaríamos para aumentar a densidade populacional já que a nossa atual está em 40 hab/10.000 m² e o trajeto permitiria aos manauenses a contemplação do rio Negro”.

Erro de trajeto

O arquiteto acredita que, dada a magnitude do projeto estimado em R$ 958 milhões, os projetistas deveriam ter pensado a cidade no futuro. “E um erro de trajeto desse vai custar muito caro ao cidadão. Será dinheiro jogado fora, como no Expresso. Fora isso, ainda deixa um desconforto visual e desproporcional de grandes vigas de concreto por cima de nossas cabeças nas avenidas e ruas que não têm larguras suficientes para esta envergadura de projeto. No projeto proposto por sua equipe há um percurso de 41 quilômetros, com 29 estações circundando a cidade por todas as zonas, e utilizando áreas dos igarapés e do rio Negro. Nesse trajeto podem ser criados condomínios coletivos nos quais as pessoas terão espaços para o lazer e, assim, vão poder zelar pela obra", explica Chamma.

“O traçado deles só pensa na viabilidade econômica, mas não podemos fazer um monotrilho para ser usado somente cinco dias na semana”, alerta ele, lamentando não ter tido a oportunidade de participar da licitação devido a um erro no edital da concorrência lançada no dia 09/09/2009 que falava da construção de duas arenas, quando uma dessas, na verdade, era a implantação do sistema de transporte de alta capacidade. “Quando vimos a errata, não deu mais tempo de participar”, lamentou.

Fonte: A Crítica
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Palavra Encantada

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novembro 29, 2009

Flamengo 2 x 0 Corinthians

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A história do homem que violou o painel eletrônico do Senado e virou governador de Brasília


CONHEÇA A VERDADEIRA HISTÓRIA DO CANDIDATO JOSÉ ROBERTO ARRUDA (O QUE ELE CHAMA DE ERRO, NA VERDADE FOI UM CRIME, QUE O OBRIGOU A RENUNCIAR EM 2001 PARA NÃO TER TER O MANDATO CASSADO)

Nota do blog: Se Zé Roberto for cassado desta vez (veja a postagem anterior), pobre Brasília, ficará à mercê do seu vice, Paulo Otávio. Os compas que lutam em defesa do Santuário dos Pajés, que se cuidem e redobrem a luta.

Zé Roberto Arruda flagrado outra vez, desta vez com testemunha


Vídeo mostra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM) , recebendo um pacote misterioso de dinheiro. Advogado dele diz que era para comprar panetones para carentes.

Nota do blog: O Zé Roberto é reincidente. Da primeira vez pelo PSDB, que deixou sob a alegação de que o partido o abandonara. O crime: ajudar ACM (Toinho Malvadeza) a violar o painel eletrônico do senado durante importantes votações. Foi obrigado a renunciar para não ficar inelegível. Agora pelo DEM, que certamente o deixará na mão também, pela segunda vez ele é acusado por outro crime. A Polícia Federal quer saber se o governador do Distrito Federal está faltando com a verdade, ao alegar que uma determinada quantia de dinheiro recebida misteriosamente seria usada para comprar e "distribuir brioches para a plebe rude e ignara", informa Zefofinho de Ogum - consultor do PICICA -, que acaba de enviar o vídeo acima. Se tia Pátria estivesse viva, ela diria: "PSDB, DEM... é tudo a mesma corja".

Mais um calhorda na praça

Marcelo Madureira
Foto postada em otempo.com.br


"Já vi essa cara em algum lugar"
Nota do blog: Em Tabatinga (Brasil), fronteira com Letícia (Colômbia), durante uma jornada de trabalho conheci um professor cubano com quem tive o prazer de uma longa conversa num hotel da cidade. Disse-me que em Cuba os professores comprometidos com o ensino público saem do país para pós-graduação, mestrado e doutorado, retornam e circulam pelo mundo disseminando seus saberes. Para tanto, parte do salário dos professores é usado na formação de novos professores. Compromisso com a educação é isso aí! Entretanto, vai ter algum calhorda a criticar esse compromisso ideológico com a solidariedade e a cidadania internacional, abstraindo um fato escandaloso: Cuba vive o mais odiento embargo econômico nunca sofrido por qualquer outro país no planeta. Mas foi a perplexidade do ilustre professor com o Programa Casseta & Planeta que me chamou atenção. Em sua opinião o humor agressivo do programa de TV da Rede Globo era inteiramente desrespeitoso para com o presidente da república. Tentei argumentar que a democracia brasileira convive historicamente com esse tipo de humor. Getúlio Vargas chegou a usá-la a seu favor. Disse ainda que existe, paradoxalmente, um humor de direita. Finalizou a conversa com um dura crítica à democracia ocidental. Deu como exemplo, o caso das eleições manipuladas pela força do capital. "Quanto custa um senador, um deputado e um governador nesse tipo de democracia?". Vai ter canalha dizendo que esse argumento é típico dos partidários da "ditadura do proletariado". Taí um conceito que o "casseta" calhorda conhecido como Madureira (leia matéira abaixo) não tem a menor idéia do que se trata, salvo aquilo que ele reproduz como aquele papagaio histérico e moralista das piadas infames do submundo da cultura de esgoto. Paro por aqui para fumar um charuto presenteado pelo professor cubano. É mais prazeroso do que falar de um catimbeiro contumaz, agora que entendi o humor degradante do grupo que um dia subverteu a linguagem do humor, a ponto de ser saudado como um importante evento pelos psicanalistas da Escola Freudiana do Rio de Janeiro. Lamentavelmente, o "casseta" perdeu o bonde da história.

Oleo do Diabo

Folha atinge o paroxismo da calhordice

Creio que todos estamos ainda em estado de perplexidade. Sim, porque a Folha hoje volta à sua calhordice. Publica no Painel de Leitores cartas de leitores que afirmam ter acreditado na história contada por César Benjamin. A Folha publica a carta de um global, Marcelo Madureira, que desde longe vem realizando, de todas as maneiras, oposição sistemática ao Lula:

"Em tempos de unanimidades, bajulação, mentiras, censuras veladas e neoperonismos, o corajoso e sensível depoimento de César Benjamin só vem confirmar aquilo de que eu já desconfiava havia muito tempo: que o Brasil está sendo governado por um bando de cafajestes sem escrúpulos. E o que é pior:
recebem indenizações pelas suas cafajestadas. Parabéns a César Benjamin e a esta Folha."
MARCELO MADUREIRA, "Casseta & Planeta' (Rio de Janeiro, RJ)
Madureira é um canalha alienado. Quer transformar vítimas da ditadura, pessoas que foram presas e torturadas em "cafajestes sem escrúpulos". Quando ele fala que já desconfiava, revela o objetivo da matéria publicada pela Folha, que era ir de encontro ao subconsciente de seus leitores, já devidamente preparado por manipulações diárias. Todos os antilulistas fanáticos agora se encarregarão de espalhar boatos e "confirmar" o que já suspeitavam.

[...]

Leia mais em www.oleododiabo.blogspot.com
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Saqueo en tierra de jaguares


Chicomuselo, un pueblo chiapaneco cercano a la frontera con Guatemala, ha tenido la suerte y la desgracia de tener grandes reservas de Barita bajo la superficie de la tierra.
La nueva empresa minera: BlackFire, es la acreedora de este regalo de la madre tierra.
¿Hasta donde será capaz de llegar por disfrutarlo?
Un pulso entre los poderes económicos y políticos y la determinación de un pueblo

Emboscan y acribillan a tiros a líder antiminero en Chiapas

Mariano Abarca Roblero
Foto postada em
Observatorio Ciudadano
Chicomuselo, Chis; 27 de noviembre.- Mariano Abarca Roblero, un dirigente y miembro de la Red Mexicana Antimenería (REMA), del municipio de Chicomuselo, fue abatido a disparos de arma de fuego, por un desconocido, informaron fuentes oficiales.

Los hechos ocurrieron hacia las 19:45 horas, cuando Abarca, se encontraba en la cabecera municipal de Chicomuselo y un hombre se acercó para atacarlo con un arma de fuego, para luego huir.

Minutos después de que Abarca Roblero, que estuvo arraigado del 17 al 25 de agosto, en Tuxtla Gutiérrez, de acuerdo a la averiguación previa 033/FS10/2009, fue trasladado de inmediato a la clínica de la Secretaría de Salud (SSA) de Frontera Comalapa para su atención.

Sin embargo, a las 20:30 horas, Abarca Roblero perdió la vida en la clínica de la SSA de Frontera Comalapa.El pasado jueves, el del Movimiento Popular de Resistencia, responsabilizó a un trabajador de Blackfire, de haberlo amenazado de muerte, por lo que pidió la protección de la justicia.A

principios de agosto del año pasado, la empresa Blackfire, interpuso una demanda a nombre de la empresa, en contra de Abarca Roblero, por los delitos de asociación delictuosa, delincuencia organizada, ataques a las vías de comunicación, daños al patrimonio de la colectividad y del estado.

Y entre junio y julio, Mariano, miembro de la REMA encabezó un plantó, con apoyo del Frente Cívico de Chicomuselo, para impedir el paso de maquinaria y camiones de la empresa minera, hacia el ejido Grecia, donde realizan explotación de barita.

El 22 de julio, en un mitin, frente a la embajada de Canadá en México, Abarca Roblero alertó sobre los “graves daños” que podría provocar Blackfiere, no sólo en Chiapas, sino Tabasco y esteros del Golfo de México.

Sobretodo porque la empresa Blackfiere lanzará químicos en la cuenca del Grijalva, que discurre por los valles centrales de Chiapas y que continúa hacia Chiapa de Corzo, Tuxtla Gutiérrez, para continuar hacia Villahermosa, Tabasco y desembocar en el Golfo de México.

Anoche, un agente del Ministerio Público acudió a la clínica de Frontera Comalapa, para ordenar el traslado del cuerpo de Abarca Roblero, al Servicio Médico Forense (Semefo) donde se realizará la necropsia de ley.

Se espera que el cuerpo del dirigente contra la actividad minera sea inhumado el domingo, después de velarlo el sábado en Chicomuselo.

Fonte: Observatorio Ciudadano
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novembro 28, 2009

I Encontro Mineiro dos Atingidos pela Vale


Vídeo da campanha promovida por diversos movimentos sociais que pede a devolução da Companhia Vale do Rio Doce ao seu verdadeiro dono - o povo brasileiro -, e reivindica a declaração de nulidade do leilão de privatização da Companhia Vale do Rio Doce. O Plebiscito Popular sobre o tema será realizado de 1 a 7 de setembro (2007).

*************

Nota do blog: O plebiscito aconteceu em 2007 e o encontro noticiado abaixo rolou hoje pela manhã. Vale a pena ver o vídeo de novo e ler a notícia abaixo. São movimentos como esse que dão significado à luta política por uma sociedade socialista.

I Encontro Mineiro dos Atingidos pela Vale

No dia 28 de novembro será realizado em Belo Horizonte o I Encontro Mineiro dos Atingidos pela Vale. A proposta desta atividade é reunir e dar voz às comunidades afetadas pela Companhia Vale do Rio Doce em Minas Gerais.

A Vale iniciou suas atividades no Brasil e hoje é a responsável por um legado de destruição social e ambiental registrado em vários municípios de Minas Gerais. Os bens naturais disponíveis no estado e a exploração da mão-de-obra são as fontes da riqueza dessa empresa que está presente nos cinco continentes do mundo. Os resultados dessa ganância são os graves impactos identificados sobre o meio ambiente e a vida das pessoas.

Progresso econômico para os municípios, geração de emprego, responsabilidade social e desenvolvimento sustentável fazem parte da campanha publicitária vinculada pela empresa para convencer comunidades e trabalhadores a aceitarem a mineração, mas o que a realidade comprova é a acentuação de conflitos sociais, econômicos e ambientais que modificam a qualidade de vida das pessoas.

As desapropriações forçadas, a terceirização com as perdas dos direitos trabalhistas, os constantes acidentes de trabalho, a contaminação e o rebaixamento do lençol freático e a perda da biodiversidade são exemplos de degradações ocasionadas pela mineração.

Apesar das demissões ocorridas entre 2008 a 2009 sob o argumento da crise econômica mundial, a empresa segue com os pedidos de licenciamento ambiental - mantendo altos investimentos - para abrir novas lavras em locais ainda preservados como é o caso da mineração pretendida na Serra da Gandarela, contribuinte do abastecimento de água da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Desde a privatização ocorrida em 1997, trabalhadores e comunidades vêm sendo prejudicados pela ganância desta grande empresa capitalista. Os bens naturais do solo brasileiro devem ser patrimônio do povo e não dos acionistas da Vale! É preciso que o governo federal anule o leilão de privatização - que foi ilegal - e patrocine a reestatização da Vale.

Diante dos conflitos estabelecidos, o Comitê Mineiro dos Atingidos pela Vale, convida: populações, comunidades, trabalhadores, estudantes, professores, movimentos sociais, movimentos sindicais, organizações ambientalistas, pastorais, associações comunitárias, igrejas e todos os mineiros a somarem forças contra as degradações sociais, ambientais e econômicas cometidas em Minas Gerais

Participe do I Encontro Mineiro dos Atingidos pela Vale, pois o que vale é a vida!

Você sabia que a Vale:

- Atua em 12 Estados brasileiros e detêm direito de lavra de 23 milhões de hectares o que corresponde aos estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Rio Grande do Norte;

- Nos onze anos que se seguiram à privatização seu lucro líquido cresceu 29 vezes;

- Seu valor de mercado passou de US$8 bilhões para US$125 bilhões;

- Que sob o argumento da crise econômica mundial a empresa demitiu cerca de 4 mil trabalhadores diretos e 15 mil terceirizados;

- Que a Vale consome, sozinha, 5% de toda energia elétrica do Brasil;

- Que as famílias brasileiras pagam por 100kwh/ mês mais de R$50,00 e a Vale paga pelos mesmos 100Kwh/ mês cerca de R$3,30;

- Nos últimos 12 meses a empresa gastou R$178,8 milhões em propaganda para enganar comunidade e trabalhadores com o falso discurso de desenvolvimento sustentável;

- Trabalhadores e comunidades de várias partes do mundo são explorados por essa empresa;

- Os trabalhadores do Canadá da Vale Inco estão em greve há mais de cinco meses por melhores condições de trabalho e melhores salários;

- A Vale está em Moçambique desde 2004 e seu plano de minerar lugares atualmente habitados e agricultáveis vai obrigar um elevado número de famílias a abandonar suas terras e casas.

PROGRAMAÇÃO

08:30 às 09:00 Apresentação

09:00 às 09:20 O Trabalho na Mineração / Apresentação: Metabase Itabira

09:20 às 09:40 A mineração e as comunidades atingidas: bairro São Geraldo

09:40 às 10:00 A mineração e o abastecimento público de água: Capão Xavier e Gandarela

10:00 às 11:30 Debate

11:30 às 12:00 Fechamento/ Encaminhamentos


I Encontro Mineiro dos Atingidos pela Vale

Data: 28/11 [UTF-8?]– Sábado

Horário: 8hs às 12hs

Local: Sind-rede/BH

Av. Amazonas, 491 / sala 1009, Centro

Comitê Mineiro dos Atingidos pela Vale

Brigadas Populares, CONLUTAS, MAB, Assembléia Popular, Metabase Itabira, Metabase Congonhas, CPT, Articulação Popular São Francisco, Movimento pelas Serras e Águas de Minas, ENE-bio, MTD.

Volví encerrou temporada. Leia o comentário do autor

Volví
Foto postada em Cooperativa 7985

AUTOR DE VOLVÍ FALA SOBRE REPERCUSSÃO DA PEÇA NA CIDADE DE SÃO PAULO

Após 21 anos de espera pude ver, finalmente, minha peça Volvi, ou A Volta do Clown montada na cidade de São Paulo. Essa estréia para mim já seria motivo de muita alegria, mas não é só isso. Um outro componente aguçou a minha satisfação, por ser apresentada no teatro aonde conheci um dos grandes amigos e personagem dessa trama, Adilson Barros. Ali pensamos e inventamos a CPT que, neste ano, está completando 30 anos. Já o outro personagem, Luis Antônio, eu o conhecia desde as nossas atividades teatrais, ainda no interior de São Paulo, quando ambos davam os primeiros passos, cada um inspirado no seu guru. Ele, movido pelo seu interesse em Brecht e eu, modestamente, aprendendo vagarosamente a complexidade de Artaud.

Durante as primeiras semanas dessa nossa rápida temporada, a assessoria de imprensa procurou passar para o público e os iniciados em teatro, uma "palhinha" de que a peça é um depoimento de uma geração que foi alijada do processo político e social em que vivemos, hoje. Ao trazer a público a vida desses dois amigos, imaginei que isso fosse o suficiente para ter início uma discussão profunda, sobre o que vem acontecendo com o teatro e a sua relação com a Sociedade. Ledo engano! Hoje, vivemos uma luta encarniçada pela pauta e a inclusão de um tema novo ou de interesse alheio à vontade dos meios de comunicação, é praticamente impossível, a não ser que venha acompanhada de uma campanha publicitária vigorosa. Se não for do interesse das grandes corporações, por mais relevante que seja o assunto, ele não entra na ordem do dia. O exemplo atual de esconder à greve dos bancários que, afinal, afeta a vida da maioria da população, é a prova mais evidente de que só é discutido àquilo que, de alguma forma, atenda a determinados interesses, nem sempre expressos.

Nessa última semana de apresentação, no Teatro de Arena de São Paulo, resolvi escancarar os motivos que me levaram a escrever esta peça, já há muitos anos e, agora, com o Patrocínio da Funarte mostrada ao público paulista. Tanto Luis Antônio como Adilson são protagonistas de uma tragédia pessoal, sem precedentes e, por isso mesmo entendi que fosse lida como uma tragédia da geração. Apesar de atenuar o desenvolvimento do texto, com o lado engraçado da vida de ambos, e de todos nós, a verdade é que a reação do público foi diferente do esperado. Quem teve à oportunidade de assistir viu que a sociedade continua arredia para tratar de assuntos, como a loucura e a brutalidade praticadas nos dias de hoje. O tema da loucura, manifesta na vida de Adilson, conheço desde os primeiros textos que li sobre Artaud, ainda em Araraquara, quando lá também conheci Luis Antônio. Por outra, a forma sinistra com que morreu Luis Antonio poderia ter acontecido, também, com Adilson, pois ambos viviam da mesma forma - perigosamente.

A verdade é que ambos, também, faziam parte de uma geração patologicamente enraizada, na solidariedade e no amor pela Humanidade. Verdade, ainda, é que se vivos, com direito à voz e voto, o mundo de hoje não seria tão árido e individualista. Quem tiver interesse e oportunidade a de assistir a essas três últimas sessões, verá que Luis Antônio Martinez Corrêa e Adilson Barros fazem parte de uma mesma trama. Espero, portanto, ver amigos (e adversários) todos juntos na mesma Arena.

* Jair Alves - Autor e Diretor de Volví

Leia mais sobre a peça. Acesse http://cooperativa7985.ning.com/xn/detail/2874844:Event:3523?xg_source=activity
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Selva de Pedra – A Fortaleza Noiada


Selva de Pedra – A Fortaleza Noiada

A Central Única das Favelas – CUFA, em parceria com a Assembléia Legislativa do Ceará, convida você a participar da primeira exibição do vídeo-documentário Selva de Pedra – A Fortaleza Noiada.

A atividade acontecerá no dia 1º. de dezembro de 2009, a partir das 17 horas, no Plenário 13 de Maio da ALEC, com a presença do Ministro da Justiça Tarso Genro e do ativista e rapper MV Bill.

O vídeo abordará os danos sociais do crack em nosso estado e é uma ferramenta produtora de conhecimentos sobre a vida dos usuários e dos impactos sociais produzidos pela relação de dependência.

A sua presença é essencial para o debate.

Francisco José Pereira de Lima – Preto Zezé
Coordenador Geral Cufa Ceará
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Ódio de classe e jornalismo cafajeste

Otávio Frias Filho
Foto postada em
www.paulohenriqueamorim.com.br
Nota do blog: A melhor resposta d@ leitor@ contra o ódio de classe e o jornalismo cafajeste da Folha "Ditabranda" de S. Paulo é deixar de assinar o jornal (coisa que fiz no século passado). Basta de jornalismo de esgoto! Usar um intelectual sob tensão para assacar contra a honra do presidente da república é o fim da picada. César Benjamim, como outros intelectuais que costumam depreciar seus oponentes apelando pra baixaria - conheço alguns tipos -, perdeu a credibilidade. A corrupção intelectual de César Benjamim é deplorável. Já vi intelectual mudar a casaca, servir seus oponentes, voltar-se contra seus companheiros, mas nunca vi canalhice igual. Tá explicado porque a imprensa golpista abre espaço para a esquerda raivosa desse país. Deve vir por aí mais um aumento na popularidade de Lula.

27/11/2009 - 23:14

A “malandragem” cafajeste do Otavinho

Por Marco

Do Blog Viomundo

A “MALANDRAGEM” CAFAJESTE DO OTAVINHO
por Luiz Carlos Azenha

Otávio Frias Filho é um cafajeste. A edição da Folha de S. Paulo de hoje, aquela que trouxe como não quer nada uma acusação-bomba ao presidente da República, assinada por outro cafajeste, é uma tentativa mal disfarçada de “malandragem” jornalística.

Não leio a Folha faz tempo, por isso. Não assino o UOL. Não compro nenhum produto do grupo Folha. Fiz isso muito antes que outros blogueiros esperneassem contra o jornal. Se tiver de ler algum jornal, leio o Estadão. O Estadão não disfarça. É um jornal conservador. Defende interesses conservadores. A Folha é um jornal dirigido por um cafajeste. Um cafajeste medroso, que não tem coragem nem de assumir suas posições políticas claramente. Um cafajeste que se apresenta como “neutro”, “imparcial” e outras safadezas do gênero.

Por dever de ofício, peguei a edição da Folha de hoje, emprestada de um amigo. O jornal dedicou espaço em três páginas para atacar o filme sobre Lula. Está claro, para quem é do ramo, que a Folha quis enfeitar o pavão em torno do artigo do César Benjamin. Que é um cafajeste, simples assim, por ter feito uma acusação gravíssima contra um presidente da República sem apresentar provas, sei lá com qual objetivo político. Inveja? Dor de cotovelo? Ódio ideológico?

Mas volto ao jornalismo cafajeste da Folha: se o jornal de fato pretendia investigar o assunto, poderia muito bem ter publicado a denúncia como manchete de primeira página. Mas, se fosse assim, ficaria muito claro o jogo político. E a Folha se exporia. O que fez o jornal? Cercou o texto de César Benjamin de outras reportagens sobre o filme “O Filho do Brasil” e, como quem não quer nada, deixou a acusação flutuando no meio do texto.

Dois colegas jornalistas disseram que começaram a ler o texto de Benjamin mas desistiram no meio: era muito chato. Só ficaram sabendo da acusação na internet. Que, presumo, foi justamente o objetivo: agora os textos de “Dilma, terrorista” vão acompanhar os de “Lula, estuprador”, nos e-mails que se espalham pelo mundo e ganham destaque especialmente nos chats e nos sites de relacionamento. É a propaganda eleitoral do século 21.

Sei do que estou falando: desde que o Viomundo tocou no assunto, recebi uma onda de comentários sustentando as acusações contra o presidente da República, de “leitores” que nunca estiveram no site. É, presumo, a turma encarregada de espalhar a “acusação” contra Lula, de dar pernas à versão assinada por César Benjamin. Ele é a Miriam Cordeiro, versão 2010. Faz parte dos que pretendem detonar o filme com o objetivo de evitar que Lula, lá adiante, transfira votos para a ministra Dilma Rousseff. Evitar que o “estuprador” eleja a “terrorista”. Isso dá uma medida do desespero que essa possibilidade, cada vez mais factível, causa. E é na hora do desespero que os cafajestes se revelam.

PS: Um dos jornalistas com os quais conversei a respeito, leitor da Folha há décadas, me disse: “Vou cancelar a assinatura. Agora deu.”.

Fonte: Luís Nassif

Leia também César Benjamin atravessou o Rubicão, de Miguel do Rosário.
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Víctor Jara vive

En memoria de Victor Yara
Seguidores del cantautor chileno depositan velas delante del estadio donde fue arrojado su cuerpo sin vida en 1973.
REUTERS - 28/11/2009 - www.elpais.com

El cantautor Víctor Jara recibirá un funeral 36 años después de su muerte

La justicia no ha logrado dar aún con todos los responsables del asesinato

MANUEL DÉLANO - Santiago - 28/11/2009

La familia del cantautor y director teatral chileno Víctor Jara prepara un homenaje en su honor para el 5 de diciembre. Se trata del funeral masivo que no pudo tener cuando fue asesinado por los militares poco después del golpe que derrocó en 1973 al presidente Salvador Allende.

Los restos de uno de los artistas chilenos más universales, creador de Te recuerdo Amanda y El cigarrito, que hoy interpretan cantantes de la talla de Joan Manuel Serrat y Víctor Manuel, entre otros, serán nuevamente entregados a sus familiares. Esto se produce después de que un examen de peritos, ordenado por el juez que investiga este crimen, encontró más de 30 heridas de bala y huellas de torturas en los huesos de Jara.

El velatorio del cantautor comenzará el jueves 3 de diciembre con actos de homenaje que se extenderán durante día y noche de forma ininterrumpida hasta el sábado en el céntrico teatro que lleva su nombre. De esta manera, los chilenos podrán despedir a Jara en su segundo tránsito al Cementerio General de Santiago, donde será sepultado.
Su despedida se desarrollará con canciones, música, danza y lecturas de poesía, con el estilo del cantautor, que siendo pequeño acompañó a su madre a los velorios campesinos. Una manta roja cubrirá el ataúd, y el cortejo marchará a pie el sábado desde la Fundación Jara hasta el cementerio.

"Víctor pertenece al pueblo, a todos aquellos que han seguido y admirado su obra", afirmó Gloria Köning, directora ejecutiva de la Fundación Víctor Jara. "Acondicionaremos el lugar para que todos los artistas y las personas que deseen participar de este funeral lo puedan hacer dejando una flor, acompañándolo o rindiéndole un tributo", agregó.

Tras la exhumación del cuerpo, ordenada por el juez Juan Fuentes, sus restos fueron analizados por especialistas del Servicio Médico Legal (SML). Las muestras de su ADN y de sus familiares fueron enviadas al Instituto Genético de Innsbruck en Austria, donde confirmaron su identidad.

El informe médico del SML sostiene que los restos de Jara presentan "múltiples fracturas por heridas de bala que provocaron un shock hemorrágico en un contexto de tipo homicida". Algunas de sus lesiones óseas fueron provocadas por "objetos contundentes", sostuvo el director del SML, Patricio Bustos.

Hace 36 años, en septiembre de 1973, durante los primeros días de la dictadura del general Augusto Pinochet, al semiclandestino funeral del cantautor sólo pudieron asistir su viuda, Joan Jara, y dos personas más. Los restos del cantautor estuvieron a punto de perderse, como los de muchas otras víctimas.

Jara, un versátil creador, hijo de campesinos humildes, que militaba en el Partido Comunista, fue tomado prisionero por los militares en la Universidad Técnica del Estado, donde trabajaba, y permaneció con 600 estudiantes y profesores para defender el Gobierno de Allende. Los militares lo trasladaron al Estadio Chile, hoy bautizado como Víctor Jara, donde después de torturarlo lo acribillaron en el subterráneo del lugar, arrojando su cuerpo y los de otras víctimas junto al muro de un cementerio en el sur de la capital.

Reconocido por vecinos del lugar, fue trasladado al SML, donde quedó entre cientos de otros cuerpos. Un trabajador del Servicio Médico Legal avisó a la viuda y ésta pudo rescatar el cuerpo y sepultarlo.

La investigación judicial no ha dado todavía con todos los responsables del crimen. El conscripto José Paredes, que confesó haber disparado contra el cantautor y después se retractó, y el coronel Mario Manríquez, que dirigió el campo de prisioneros instalado en el Estadio Chile, están procesados por este caso.

Fonte: El País
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