fevereiro 14, 2010

A morte do "Unidos do Eduardinho"


Oficina de Percussão Batuque de Bamba tocando na Urca, desfile do Bloco Tá Pirando, Pirado, Pirou.

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Nota do blog: O bloco "Tá Pirando, Pirado, Pirou" foi fundado na Urca, no Rio de Janeiro, em 2005. Um ano depois, em Manaus, o "Unidos do Eduardinho", saiu pela primeira e última vez no carnaval de rua amazonense. Os deuses sabiam o que faziam ao deixar que os reformistas de araque o matassem precocemente. Caso contrário, sua existência seria a prova inconteste do estado de letargia em que o hospital psiquiátrico de Manaus vegetou durante anos. Seria trágico se hoje ele servisse como instrumento para reforçar no imaginário popular a cultura manicomial, ou seja, a de que hospícios ainda são compatíveis com a vida moderna (vixe!). A criação do bloco fazia parte de uma estratégia de sensibilizar as autoridades e a opinião pública de que a inclusão social de pessoas portadoras de transtorno mental não podia mais andar a passos de tartaruga. Por enquanto, a tartaruga está vencendo. Neste blog, você pode encontrar as fotografias do glorioso momento em que o "Unidos do Eduardinho" desfilaram na av. Eduardo Ribeiro. A propósito, o meu considerado José Ribamar Bessa Freire é o único jornalista amazonense que escreve crônicas sobre o tema loucura & sociedade nos últimos 30 anos. Hoje você pode ler "Bombalá e os loucos foliões" na crônica domingueira publicada no Diário do Amazonas. Leitura obrigatória para a militância antimanicomial. Valeu, Babá!

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