maio 21, 2010

Márcio Jordelane representou com dignidade os militantes antimanicomais na II CESM

II Conferência Estadual de Saúde Mental
Foto: Rogelio Casado - Manaus - Amazonas, 20 de Maio de 2010
Nota do blog: No segundo dia da II Conferência Estadual de Saúde Mental (II CESM), os usuários de saúde mental ficaram sem ter direito a assento nas mesas de debates. Precisou a mediação do Movimento Religioso Afro-Ameríndio para garantir a presença de um representante dos usuários. A escolha recaiu sobre Márcio Jordelane, presidente da Associação Chico Inácio (ACI) - filiada à Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial, única entidade presente, pelo Amazonas, na Marcha à Brasília por uma Reforma Psiquiátrica Antimanicomial, em 30 de setembro de 2009, evento que sensibilizou o presidente Lula a convocar a IV Conferência Nacional de Saúde Mental. Márcio protagonizou um dos momentos mais acalorados no debate, depois que a diretora do Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro tentou durante sua fala, sem êxito, convencer a plenária que, apesar de concordar com a idéia de que a instituição psiquiátrica é historicamente violenta, segundo ela o mesmo não se pode dizer do hospital que dirige. Foi então que Márcio pediu que se apurasse os maus tratos sofridos no atendimento por um usuário e sua mãe, ambos associados da ACI. Como o médico autor da agressão verbal se fazia presente, Márcio resolveu nomeá-lo publicamente, especialmente depois que o agredido confirmou na plenária o constrangimento que passou com sua mãe, reafirmando com seu depoimento que esse é um dos exemplos da violência residual da instituição totalitária. Na verdade, a discussão só tomou esse rumo porque a referida diretora resolveu advertir publicamente o militante antimanicomial Rogelio Casado, autor de uma proposta, aprovada na plenária da Conferência Muncipal, cuja redação registrava com todas as letras o caráter violento desse tipo de instituição. O militante teve o direito de resposta. Manteve a postura crítica, respondendo em caráter impessoal, de modo a garantir o exercío crítico de uma conferência que se quer antimanicomial, sem permitir que se instalasse qualquer tipo de cizânia. Márcio aparece na fotografia acima, de camisa vermelha.
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