maio 27, 2010

SOS Encontro das Águas, um movimento popular supra-partidário

João Pedro Gonçalves
Foto: Rogelio Casado - Manaus-AM, 1989
João Pedro, ex-senador pelo PT do Amazonas, em 1989, quando ainda 
estava filiado ao PC do B, apoiava a luta contra a hidrelétrica
de Balbina e a luta dos povos indígenas. Hoje, na luta pela 
conservação do Encontro das Águas o PC do B é um
dos grandes ausentes 

Nota do blog: O movimento SOS Encontro das Águas é um movimento popular, suprapartidário e tem como objetivo a conservação do nosso maior patrimônio paisagístico: o Encontro das Águas. Todo o cuidado é pouco para não permitir a apropriação política para fins eleitorais, como o fez a Folha "Ditabranda" de S. Paulo. Em matéria sobre a V Caravana "SOS Encontro das Águas", realizada no último dia 25, ao citar a presença do poeta Thiago de Melo - um dos nossos patrimônios artísticos - enfatizou seu apoio intelectual a um dos candidatos à presidência da república. Essa sutileza editorial não nos comove. Ao contrário, desgasta-nos, na medida em que temos, para além das lideranças literárias, lideranças políticas comprometidas com outras candidaturas, e nem por isso saímos alardeando o fato por aí. Ora, todo mundo sabe da postura anti-ética dessa empresa jornalística no trato de algumas questões de interesse público. Porta-voz do tucanato paulista, não é a primeira vez que ela aproveita o ensejo para tirar uma casquinha eleitoral. Se a fala do poeta permitiu a identificação da sua posição no tabuleiro do jogo político, explicitá-la nesse período pré-eleitoral é acirrar os ânimos locais numa luta que depende da ampla adesão de todas as cores partidárias, sem proselitismo político. Quem quiser tirar casquinha política, vá tirar noutro lugar. Movimento social é movimento social, aceita apoio político, mas não aceita manipulação eleitoreira. Vale ressaltar que a imprensa local não embarcou na canoa furada da Folha "Ditabranda" de S. Paulo. Por essa e por outras que o meu considerado João Pedro, ex-senador do PT, participou de apenas uma audiência pública com os comunitários do bairro da Colônia Antônio Aleixo para discutir os impactos socioambientais da construção de um terminal porturário na região das Lajes, e com um simples ofício endereçado ao Ministro da Cultura disparou o processo de tombamento do Encontro das Águas, sem atrelar seu mandato ao movimento social. Sua atitude não foi sem consequências. Muito contribuiu com o movimento social. O resto é conosco. A luta pela conservação da região do Encontro das Águas se estenderá para além das Lajes. Esperamos que todos os partidos políticos continuem a apoiar essa causa popular. A luta continua. "Fica decretado que agora vale a verdade, tão somente a verdade".
Posted by Picasa

Nenhum comentário: