novembro 23, 2010

Veja uma das riquezas arqueológicas da região das Lajes, no Encontro das Águas

PICICA: Esta riqueza arqueológica descoberta pelos pescadores da região das Lajes (área situada no Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões, que formam o rio Amazonas, em território brasileiro), foi comunicada para o pesquisador Akira Tanaka, do Centro de Projetos e Estudos Ambientais do Amazonas e o fotógrafo Valter Calheiros, do movimento socioambiental "SOS Encontro das Águas". Depois da imprensa local (jornal A Crítica, TV Amazonas), a mídia nacional (revista Época) e organizações científicas internacionais, como a Revista Science, dos Estados Unidos da América, iniciaram o processo de comunicação deste importante achado arqueológico para a comunidade científica e a opinião pública de um modo geral. Em Manaus, os arqueólogos Raini Vale (MAE-USP) e Helena Lima (UFAM), começaram o mapeamento do lugar. Segundo o arqueólogo Eduardo Góes Neves (USP/UEA), conselheiro do IPHAN que atuou como relator do processo de tombamento do Encontro das Águas como patrimônio nacional, este é um dos fatos mais auspiciosos para o estudo da civilização indígena que habitava o vale amazônico. Os críticos obtusos, empenhados em apoiar projetos de desenvolvimento danosos ao ambiente, estão "correndo da sala pra cozinha" para produzir novos argumentos que garantam a construção de um terminal portuário na região. Uma parte da imprensa juvenil aqui praticada, alegava que os ambientalistas estavam criando dificuldades por causa da presença de "ninhos de tico-tico" no lugar, uma forma jocosa de desqualificar o tombamento vitorioso, fruto da luta social. Vão ter que encontrar argumentos mais inteligentes, porque pilhérias não constróem verdades. O PICICA está de olho. As fotografias, abaixo, são de Valter Calheiros, quem primeiro documentou este acervo da cultura amazonense.

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