fevereiro 18, 2011

Praciano pode ter comprometido sua candidatura à prefeitura de Manaus

PICICA:  "Em defesa de sua infidelidade, alegaram não quererem ser “constrangidos pelas suas bases”… (...) Valeria a pena perguntar se esses deputados tem a mínima idéia de quanto valeu, durante os ataques da mídia que queriam derrubar Lula,  a unidade da base governista… (...) Deve ter sido fácil ser eleito deputado pelo PT, agora que Lula mostrou como o partido está preparado para governar… (...) Mas uma vez eleitos pelo PT, Praciano e Eudes e todos os que se beneficiaram da sigla precisam aprender a repartir, eventualmente,  os sacrifícios que forem precisos serem feitos para manter o poder que foi conseguido nas urnas!"
Imagem postada em porquemedizem.blogspot.com

Rogério Mattos: Infidelidade partidária, quinze reais ou trinta moedas?

por Rogério Mattos Costa, de Madrid
Durante o governo Lula, o salário mínimo subiu em valor real mais do que 300%.
Mas na votação de ontem, tucanos e demos, que praticaram o menor salário mínimo de toda a história do Brasil quando estavam no governo, queriam R$ 15,00 a mais no salário mínimo fixado pela presidenta Dilma para 2011. Objetivo: “rachar a base aliada”,  provocar a divisão dos deputados que apóiam o Governo da Presidenta Dilma, do PT.
Acontece que entre os 376 membros da base aliada na Câmara dos Deputados, somente os senhores deputados Francisco Praciano e Eudes Xavier, do mesmo PT, votaram a favor dessa proposta dos seguidores de FHC e ACM e dos demais filhos e netos da ditadura militar.
Em defesa de sua infidelidade, alegaram não quererem ser “constrangidos pelas suas bases”…
Valeria a pena perguntar se esses deputados tem a mínima idéia de quanto valeu, durante os ataques da mídia que queriam derrubar Lula,  a unidade da base governista…
Quanto terá sido o valor em reais, para a classe trabalhadora brasileira, a unidade, mesmo tênue, que a base aliada teve durante o Governo Lula , no Congresso?
Quantos reais terão ido aumentar a qualidade de vida dos brasileiros e brasileiros durante o governo Lula porque o presidente podia contar com deputados que aprovassem suas leis, seus decretos, como aqueles que criaram o Bolsa-Familia, o Pro-Uni, a Petrosal?
Será que 15 reais por dia mês valem os 15 milhões de empregos gerados?
Ou será que 15 reais valem os 1 milhão de alunos de origem pobre que puderam entrar para a Universidade?
Ou será que mediante 15 reais por mês, a classe trabalhadora brasileira gostaria de trocar Lula por Serra, ou por Alckmin?
Será que os trabalhadores, que amargaram o menor salário de toda a historia do Brasil durante o governos Itamar e FHC, iriam gostar de ver vocês dois, deputados Francisco Praciano e Eudes Xavier, de braços dados e tapinhas nas costas com ACM Neto, Agripino Maia, Rodrigo Maia e outras figurinhas carimbadas, “por um salário R$ 15,00 maior do que o proposto pela Presidenta Dilma e o PT”?
Não que quinze reais sejam pouco, mas quanto valerá , para os trabalhadores, terem Dilma na Presidencia, e uma base aliada unida, com o Congresso apoiando maciçamente seu governo?
Se vocês tem medo de serem cobrados por esses 15 reais, senhores deputados, sugiro que façam aos trabalhadores de sua base, as seguintes perguntas: “O que vocês querem ? Mais quinze reais agora ou Lula e Dilma com força no Parlamento, sempre?”
Ainda bem que foram só 2 votos em mais de 370 da base aliada…
Será então, que todos os demais deputados da base aliada estão errados e só o Francisco Praciano e o Eudes Xavier estão certos, junto com aqueles que querem acabar com o Blsa-Familia, com o Pro-Uni, com o próprio salário mínimo?
Deve ter sido fácil ser eleito deputado pelo PT, agora que Lula mostrou como o partido está preparado para governar…
Mas uma vez eleitos pelo PT, Praciano e Eudes e todos os que se beneficiaram da sigla precisam aprender a repartir, eventualmente,  os sacrifícios que forem precisos serem feitos para manter o poder que foi conseguido nas urnas!
Não é possível nem ético querer “aparecer como bonzinho”, e com isso ganhar espaço na mídia ( que detesta Lula e Dilma, que xinga Lula e Dilma),ganhando o “status” de “dissidentes” da Folha, só por 15 reais a mais, na hora em que todos os demais deputados arcam com o desgaste de ter que defender um salário mais baixo do que os tucanos e demos defendem agora, mas que negaram quando estavam no governo.
É como num jogo de futebol: se quando a gente ganha um jogo a gente festeja e comemora, mesmo quando não fomos nós que fizemos os gols do nosso time, quando se perde ou se empata, a gente não pode procurar os holofotes e as câmeras para culpar a nossa defesa, o nosso goleiro, o nosso ataque…
Por que Francisco e Eudes, ao invés de votarem de braços dados com os tucanos e demos contra a proposta do seu partido e da sua presidenta, não fizeram como todos os demais  e criticaram a hipocrisia desses fariseus que querem dar mais quinze reais de salário agora, mas no seu tempo de governo praticaram o pior salário de todos os tempos no Brasil?
Nem só de pão vive o homem, senhores deputados Francisco Praciano e Eudes Xavier.
Educação política também é obrigação dos parlamentares do PT!
Não se esqueçam, deputados Praciano e Xavier, que pelo dobro das 15 moedas, um outro homem fraco de opinião, que não queria ficar mal visto com os maiorais, traiu seus amigos e ao próprio Jesus, que eram todos homens valentes e decididos, exatamente porque não quis ficar mal com os fariseus de outrora, que na verdade, eram até menos hipócritas e dissimulados que os fariseus de hoje.
E não esqueçam também que, aí no Brasil, Joaquim Silvério dos Reis, também é lembrado até hoje, exatamente por que não quis “passar por constrangimentos” e fez aquilo que nós sabemos que fez.

Fonte:  Vi o Mundo

Um comentário:

Anônimo disse...

Companheiro,
Por pragmatismo ou não, o fato é que Praciano foi de encontro a um determinação partidária e nenhum interesse local deve superar o interesse do projeto nacional.
Sei que Praciano é membro da DS e o Eudes Xavier (PT-CE)é e que força política? DS também? Então não é mera coincidência.