outubro 28, 2011

DCE-Livre da USP lança nota sobre repressão da Polícia Militar na USP

PICICA: Desde 2009 a PM vem invadindo o campus Butantã, a Poli, a ECA e CRUSP em São Paulo. Um convênio firmado em 2011 pela Reitoria permite a violação de um espaço onde nunca a polícia não deveria entrar, sob pena de agredir o princípio de autonomia que rege toda universidade que se preze. Esse mal exemplo foi seguido em Manaus pela Universidade Federal do Amazonas, quando a Reitoria permitiu a entrada da Polícia Federal para enquadrar supostos usuários de drogas. Na verdade, jogou-se uma cortina de fumaça sobre os problemas da academia, como se a existência de estudantes usuários de cannabis fossem o maior desafio da universidade, o que só contribuiu para tornar mais obscura a relação do conhecimento com o uso de drogas. O Instituto Nacional da Amazônia também caiu na mesma esparrela, ao arrancar a "planta maldita" encontrada num canteiro, sob uma  dúvida cruel: se o destino era a pesquisa ou o consumo. O assunto rendeu pano pra manga entre a vertente proibicionista que dá plantão na cidade. Em tempo: Leia, também, a "PM e estudantes em confronto", segundo a Carta Capital.


Nota do DCE-Livre da USP: Repressão da Polícia Militar na USP

Desde 2007, quando o reitor João Grandino Rodas era diretor da Faculdade de Direito da USP (SanFran), a Polícia Militar vem sendo usada para reprimir manifestações políticas na Universidade de São Paulo. Em junho de 2009, a PM invadiu o campus Butantã para reprimir o movimento, o que não ocorreu nem na ditadura civil-militar. O convênio firmado em 2011 pela Reitoria permitiu a entrada da PM no campus, o quê não resolve o problema de segurança e faz com que as(os) estudantes ainda se sintam inseguras(os) no Butantã. Nos últimos meses, a PM vem sistematicamente abordando estudantes, como na Poli, ECA e CRUSP.


No último 27 de outubro, o movimento reagiu a uma dessas abordagens e foi duramente reprimido por cerca de trinta viaturas, com bombas de gás lacrimogêneo, dentro de um prédio didático da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
Diante disso, o movimento decidiu ocupar o prédio da Administração da FFLCH, para dizer basta à presença da PM no campus. O DCE-Livre da USP, entidade que sempre esteve na luta pelos direitos civis, estará com este movimento até que essa reivindicação seja atendida.
  • Fora PM do Campus
  • Contra os processos administrativos às e aos ativistas do movimento

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Fonte: DCE-Livre USP

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