outubro 21, 2011

Drogas, estereótipos linguísticos e as armadilhas da representação de um mundo sem drogas

PICICA: Que noite! No debate que rolou durante a Conversa sobre drogas na Semana de Ciência & Tecnologia no Ifam (Zona Leste de Manaus), tive de usar a Metafísica da Crueldade para enfrentar alguns estereótipos linguísticos-afetivos que dialogam com a consciência, esse suposto instrumento de relação e de comunicação. Os vídeos usados para fomentar o debate criaram uma tal desterritorialização do pensamento estereotipado, que fomos para além da via dos fatos. Partimos para as interpretações. Foi paid'égua porque, das forças em conflito, surgiram incomodas verdades, sobretudo no que diz respeito às inócuas campanhas de prevenção. Elas partem de juízos pre-estabelecidos, criam ficções, sem que se levantem suspeitas sobre a que "ordem" estão a serviço. Ufa! Como é difícil ser romano nos trópicos! O vídeo abaixo foi a gota d'água nas armadilhas da representação de um mundo sem drogas: uma ficção linguística que não se sustenta. Sua existência é fingida pela imaginação com o propósito de um discurso, e tem a pretensão de ser falada como um objeto real. Seus protagonistas se recusam a ver o que se vê. A negação de uma verdade costuma ser acompanhada de ressentimento. Foi o caso do professor de deixou registrado sua indignação com os vídeos exibidos nessa noite. Para ele, não passavam de apologia das drogas. Não se pode dizer que seu discurso é indiferente à realidade onde vive, posto que é afetado pelas forças reativas da nossa cultura, pródiga em produzir falsos conhecimentos, sintoma de uma simplificação da realidade que não raro resultam em fobofobias. Acreditar em ficções não é o problema. O problema é fazer dele algo inerente a todos os seres falantes. Suas consequencias são visíveis na educação e no sistema escolar.

Um comentário:

Dênis disse...

Eita... Deve ter sido uma noite e tanto!!!