dezembro 18, 2011

Em Manaus, 13 heróis participaram de ato simbólico contra hidrelétrica de Belo Monte

PICICA: Já justifiquei, pela rede social do Facebook, minha ausência e a de Victor Alexandre e Christiane Maciel no evento de sábado contra a construção da usina de Belo Monte. Fomos vencidos pelo cansaço. Na véspera participamos de um debate sobre a Descriminalização da Maconha na Universidade do Amazonas, que rolou até 01h30. De todo modo, me senti plenamente representado pelos 13 heróis que compareceram na Praça da Saudade. Não tinha a menor expectativa de que seria desta vez que romperíamos a passividade da cidade. Recentemente, em razão dessa vexatória omissão da cidadania, convoquei pela rede  social não organizada cidadãos de boa vontade dispostos a mudar essa paisagem. A ideia era reproduzir em Manaus a experiência do Clube dos 13, do Rio de Janeiro. Responderam ao desafio apenas o juiz de direito Luís Carlos Valois e o jornalista Jefferson Coronel. Uma andorinha só não faz verão. Mas, convenhamos, três é quase nada. Temos muito a trabalhar para superar a baixa participação do Amazonas no cenário político nacional. Espero que temas nacionais, como os impactos que sessenta hidrelétricas provocarão na Amazônia, despertem as novas gerações, tanto ou mais quanto as razões que levaram mais de 500 manifestantes na Marcha da Liberdade em nossa cidade.

Protesto contra Usina de Belo Monte tem poucos adeptos em Manaus

O ato simbólico ocorreu na Praça da Saudade, centro da capital.
Manifestos similares ocorreram em várias cidades brasileiras neste sábado.



Ato simbólico teve poucos adeptos em Manaus. (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)Ato simbólico teve poucos adeptos em Manaus (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)
Um grupo de 13 jovens se reuniu, no início da manhã deste sábado (17), para protestar, em um ato simbólico, contra a construção da Usina de Belo Monte, a ser instalada na Bacia do Rio Xingu, no estado do Pará. O ato ocorreu na Praça da Saudade, centro comercial de Manaus. Os jovens estudantes universitários percorreram algumas ruas da capital fazendo intervenções no trânsito.

A iniciativa foi organizada através de convites do Facebook. A página do ato na rede social indica que mais de três mil pessoas foram convidadas. 382 pessoas afirmaram comparecer mas apenas os organizadores estiveram no local até a metade da manhã deste sábado. Segundo o organizador do manifesto, Felipe Araújo, o manauense ainda não protesta ativamente por grandes causas. "Essa dificuldade do povo manauara em sair da frente do computador para trazer para a prática dos protestos é grande. Temos que sair do 'compartilhe' do Facebook. Nós, que somos a favor do Xingu, fazemos este apelo para que existam manauaras sejam mais ativos", afirmou ao G1.
Para os estudantes, a construção da Usina de Belo Monte fere os direitos humanos. "Do ponto de vista do desenvolvimento do Brasil, a construção da Usina de Belo Monte também é uma aberração. Por mais que se realizem audiências com lideranças indígenas em Brasília, não está acontecendo uma consulta aos povos que moram na região da Bacia do Rio Xingu. Infelizmente, por diversos motivos, lideranças indígenas nem sempre representam o povo indígena. O governo tem que ir até o Xingu", explicou o organizador.

O Ato simbólico ocorreu em várias cidades brasileiras. Entre elas, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Campinas, Porto Alegre, Curitiba, Brasília e Cuiabá.
Fonte: G1

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