dezembro 17, 2011

A pergunta que não quer calar: Por que os hospícios não fecham de vez? Até quando a barbárie?

PICICA: Defensores do modelo manicomial, como o poeta Ferreira Gullar, deveriam ver in loco a trágica realidade dos hospícios. Quem sabe mudariam de opinião. Antes do movimento por uma sociedade sem manicômios, a mídia não repercutia a violência contra os usuários de saúde mental. A sociedade mantinha-se indiferente com o destino dos loucos nos últimos duzentos anos da história da humanidade. O silêncio foi rompido desde o final dos anos 1970. Entretanto, faltam recursos financeiros e humanos para por fim a essa tragédia humanitária. Até quando a barbárie? Pior só a reedição dos hospícios, desta vez para drogados, que deve ganhar fôlego com o plano higienista de "combate" às drogas. O plano do governo federal é o retrato de que o setor passa por turbulência, motivado pelos estertores de um modelo que chegou ao seu fim. No momento, o movimento antimanicomial está unido pela garantia da passagem de um estágio civilizatório para outro. A luta continua.


Pacientes ficam sem banho e comem 
lixo em clínica psiquiátrica do Rio

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