janeiro 21, 2012

"Caravana de solidariedade vai à Palestina ver realidade do povo" (Portal Vermelho)


PICICA: "(...)ficou definido que, no dia 15 de maio, o Comitê organizará um ato de rua e um debate para marcar o dia da criação do Estado de Israel - que para os palestinos é conhecido como "al nakba" - a catástrofe. Em 1947, a Organização das Nações Unidas aprovou um plano de partilha da Palestina, que previa a existência de dois estados, mas até hoje o Estado palestino não foi criado."


Caravana de solidariedade vai à Palestina ver realidade do povo



Na primeira reunião de 2012, o Comitê pelo Estado da Palestina Já definiu, na última segunda-feira (16), uma série de iniciativas que devem ocorrer ao longo do ano, com objetivo de apoiar e fortalecer a luta do povo palestino. Entre as atividades, está a Caravana de Solidariedade à Palestina, que levará cerca de 15 pessoas à Cisjordânia, à Jordânia e ao Líbano, para conhecer in loco a realidade das ocupações e interagir com as forças de resistência. 


A comitiva planeja iniciar a viagem no dia 23 de fevereiro. De acordo com o sociólogo e especialista em mundo árabe Lejeune Mirhan, a ideia é ver de perto a situação a que está submetido o povo palestino. E depois fazer a denúncia dessa realidade no Brasil e no mundo. Os detalhes da vigem devem ser acertados na próxima reunião do Comitê, em 6 de fevereiro.


No encontro da última segunda, também ficou definido que, no dia 15 de maio, o Comitê organizará um ato de rua e um debate para marcar o dia da criação do Estado de Israel - que para os palestinos é conhecido como "al nakba" - a catástrofe. Em 1947, a Organização das Nações Unidas aprovou um plano de partilha da Palestina, que previa a existência de dois estados, mas até hoje o Estado palestino não foi criado. 

No ano passado, a palestina apresentou na ONU um pedido para que tenha seu Estado reconhecido pela entidade, mas, até agora, o organismo não se pronunciou. A grande maioria dos países já demonstrou apoio ao pleito. Já se sabe, contudo, que os Estados Unidos - aliado de Israel - deverá exercer seu poder de veto no Conselho de Segurança para impedir que a iniciativa tenha êxito. Tal atitude deverá explicitar o isolamento norte-americano em relação à posição internacional sobre o tema. Nesse sentido, a avaliação sobre o assunto vem sendo protelada. 

"Os Estados Unidos defendem que o assunto não deve ser decidido na ONU e, sim, pela negociação com Israel, mas não se pode negociar com o agressor, com o ocupante. Temos visto que isso não dá certo. Desde 1991 há tentativas de negociar, mas Israel não está disposto a isso. A saída não vai ser por aí. Foi a ONU que definiu a criação de dois estados, então a instalação do Estado da Palestina deve ser pela ONU", diz Mirhan, defendo que é preciso reforçar a campanha pela Palestina Já.

Fórum Social Mundial Palestina Livre

Outra atividade que agitará o ano do Comitê pelo Estado da Palestina Já é a realização do Fórum Mundial Palestina Livre, no dia 28 de novembro, em Porto Alegre. Nos moldes do Fórum Social Mundial, o evento terá diversas mesas de debates e atividades culturais acontecendo simultaneamente. 

A expectativa é levar cerca de 25 mil pessoas de todo o mundo ao ato, que irá comemorar, no dia 29 de novembro, o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino. O Fórum deve se estender até 2 de dezembro. 

No calendário de solidariedade e apoio à luta palestina, está ainda um ato para marcar, em 16 de setembro, os 30 anos do massacre de Sabra e Chatila, no Líbano. Centenas de palestinos, inclusive mulheres, crianças e idosos que estavam no campo de refugiados no Líbano foram assassinado durante a invasão israelense de 1982.

A agenda cheia vai de encontro à avaliação que o Comitê pelo Estado da Palestina Já fez das atividades no ano passado. "O consenso é que a criação do Comitê, no ano passado, foi importante que é preciso fortalecê-lo ainda mais", disse Lejeune Mirhan.

Da Redação,
Joana Rozowykwiat



Fonte: Portal Vermelho

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