setembro 12, 2012

63ª Reunião Anual da SBPC: Belo Monte, Complexo Madeira, Tapajós e Tocantins: o antropólogo Alfredo Wagner constesta a política energética e o desrespeito à Constituição brasileira pelos interesses privados em jogo

PICICA: Recomendo a leitura de 'A cidade no Brasil', do antropólogo Antonio Risério, recheada de citações do sociólogo Demétrio Magnólio (vixe!) e do jurista e filósofo Mangabeira Unger (vixe! vixe!) - aquele que pediu o empeachmeant de Lula, logo após as primeiras notícias de um suposto 'mensalão', e terminou recebendo um ministério de presente. A título de combate ao 'ambientalismo fundamentalista', nas cordas de Unger, estes e outros intelectuais estão se propondo 'reinventar a Amazônia'. No novo projeto de articulação do 'crescimento e preservação', ao todo, no futuro, atingiríamos o número de 410 hidrelétricas no país, entre pequenas, médias e grandes barragens, para garantir a energia necessaria ao desenvolvimento. Por enquanto, 1 milhão de brasileiros sofreram deslocamento de seus lugares de origem, entre ribeirinhos e populações indígenas. Mas o que isso representa para o "Brasil Grande", não é mesmo? Por essa e por outras é que o professor Alfredo Wagner (UFAM/UEA), na contra-mão do neo-desenvolvimentismo nacional, vem afirmando que a Amazônia que conhecemos está com seus dias contados. A intervenção do ilustre professor em Reunião Anual da SBPC repõe a discussão do modelo de desenvolvimento para a Amazônia. São antropólogos como Alfredo Wagner, Eduardo Viveiros de Castro, Manuela Carneiro da Cunha que, juntos com a pedagoga Telma Monteiro, ajudam a fortalecer a resistência contra o autoritarismo vigente na condução da política energética brasileira.

Enviado por em 22/11/2011
Debate realizado durante a 63ª Reunião Anual da SBPC, realizada de 10 a 15 de julho de 2011, na Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO.

Moderador: Roberto Germano Costa (INSA)
Participantes: José Ailton de Lima (CHESF) e Alfredo Wagner Berno De Almeida (UFAM)

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