agosto 13, 2014

"CAPITALISMO NÃO É LIBERDADE", por Maristela Silva Pereira

PICICA: "SEGUNDO NAOMI KLEIN, PARA QUE O MUNDO SE TORNE MAIS JUSTO, MAIS SAUDÁVEL, MAIS PACÍFICO, TEMOS QUE SAIR À RUA E OBRIGAR ELES (OS GESTORES PÚBLICOS) A FAZEREM O QUE TEM QUE SER FEITO. ASSISTA A PALESTRA DA JORNALISTA NAOMI KLEIN". (Maristela Silva Pereira

 
CAPITALISMO NÃO É LIBERDADE

Na década de 60 e 70, Presidente Nixon e seus comparsas arquitetaram estrategicamente a forma de se submeter a América Latina ao jugo do sistema capitalista. Um dos principais estrategistas era Milton Friedman, um economista norte-americano que lecionava na Escola de Chicago, a qual recebia bolsistas Sul-Americanos, a fim ensiná-los a tática de enriquecimento das elites em consonância com a “liberdade”.


Segundo a tese de Milton Friedman, a “Doutrina do Choque” promove a guerra como um meio de facilitar o controle, pelo grande capital, de áreas que até então ele não controlava. Dessa forma, a imposição do governo estadunidense - o qual nada mais é do que marionete nas mãos das corporações - para controlar os países, consiste na criação de conflitos e de uma crise econômica. Entretanto, para a concretização dos interesses da elite internacional, o país subjugado a este governo teve que se utilizar de métodos de torturas e de execuções contra qualquer um que se opusesse às políticas econômicas de livre mercado do regime.


Naomi Klein (jornalista, escritora e ativista canadense) ao analisar essa tese de Friedman, afirma que as calamidades, sejam naturais ou decorrente de conflitos, vão deixando as pessoas extremamente vulneráveis e, ao se tornarem assim, abrem o flanco para que os altos interesses capitalistas envolvidos assumam o controle da situação.


Friedman apostava a política de que o Capitalismo e a liberdade pudessem andar de mãos dadas. Porém, tal propósito era impossível de acontecer, tendo em vista que o “estado de choque” torna-se o momento crucial em que a sociedade não tem, aparentemente, um outro caminho para onde se refugiar diante de uma situação preocupante e, por sua vez, o medo passa a ser o seu maior inimigo, na medida em que ela sente-se inibida de agir com destreza.



Fonte: Maristela Silva Pereira

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