fevereiro 15, 2016

Livro da semana: O Suicídio – Émile Durkheim (COLUNAS TORTAS)

PICICA: "Durkheim (1858-1917) é considerado o pai da sociologia científica. Foi influenciado por Augusto Comte e absorveu tudo que sua física social poderia lhe ajudar, retirando o misticismo incrédulo da religião positivista.

Foi, inclusive, Durkheim que deu à sociologia seu objeto próprio, o fato social – constituído de exterioridade, generalidade e coercitividade. A partir disso, com O Suicídio, Émile Durkheim aplicou suas regras para o método sociológico, analisando um fato social em seu detalhes e demonstrando como a variação das taxas de suicídio dependem de fatores estritamente sociais."


Livro da semana: O Suicídio – Émile Durkheim

O Suicídio, de Durkheim.
O Suicídio, de Durkheim, foi lançado em 1897.

Durkheim (1858-1917) é considerado o pai da sociologia científica. Foi influenciado por Augusto Comte e absorveu tudo que sua física social poderia lhe ajudar, retirando o misticismo incrédulo da religião positivista.

Foi, inclusive, Durkheim que deu à sociologia seu objeto próprio, o fato social – constituído de exterioridade, generalidade e coercitividade. A partir disso, com O Suicídio, Émile Durkheim aplicou suas regras para o método sociológico, analisando um fato social em seu detalhes e demonstrando como a variação das taxas de suicídio dependem de fatores estritamente sociais.
Organização social, natureza dos indivíduos que a compõem e acontecimentos que perturbam a harmonia do funcionamento coletivo são fatores que influenciam gritantemente nas taxas de suicídio de uma sociedade[1].
O autor percebeu que a taxa mortalidade-suicídio não varia substancialmente ao longo dos anos, ao meso tempo que podem variar de sociedade para sociedade,
A taxa de suicídios constitui, portanto, uma ordem de fatos única e determinada; é o que demonstram, ao mesmo tempo, sua permanência e sua variabilidade. Já que esta permanência seria inexplicável se ela não se devesse a um conjunto de caracteres distintivos, solidários uns com os outros, que, apesar da diversidade das circunstâncias ambientes, se afirmam simultaneamente; e esta variabilidade testemunha a natureza individual e concreta destes mesmos caracteres, uma vez que variam como a própria individualidade social[2].
O autor ainda classifica o suicídio em três categorias: egoísta, quando o indivíduo se isola da sociedade; anômico, quando as regras sociais são abaladas e perdem seu referencial fixo; e, por fim, altruísta, o oposto do egoísta, em que o indivíduo está tão integrado à sociedade que sua vida passa a não ter mais sentido isoladamente.

O Suicídio de Émile Durkheim para download em PDF

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Referências

[1] A ótica de Durkheim sobre o suicídio. Jornal Sociológico, acessado em 13/02/2016.
[2] Durkheim, E. Le suicide. Paris: PUF, 1986.

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